5. A Lei do Carma 6
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Introdução ao estudo das obras de Ramatís
5. MECANISMO DA AÇÃO DO CARMA SOBRE O HOMEM
O conceito de que se deve “colher conforme a semeadura” demonstra a existência de leis disciplinadoras
e coordenadoras, que devem proporcionar o resultado efetual conforme a natureza e intensidade da causa
fundamental.
Evidentemente, quem semeia “cactos” jamais há de colher “morangos”, assim como quem movimenta uma
causa funesta também há de lhe suceder um resultado igualmente funesto! O efeito destrutivo de um projétil
depende exatamente do tipo e da intensidade da força que o impeliu.
Todas as causas ocorridas no mundo material agrupam, atritam e movimentam elétrons, átomos e
moléculas de substância física. Da mesma forma, quando o homem mobiliza e gasta combustível espesso,
lodoso e quase físico do mundo astralino, para então vitalizar as suas atividades mentais inferiores, ele se
torna o centro da eclosão de tais acontecimentos negativos e censuráveis, porque deve sofrer em si mesmo
o efeito nocivo e danoso da carga patológica acionada imprudentemente.
Mas, se ele eleva o seu campo mental e emotivo vibratório à freqüência mais sutil, a fim de utilizar energia
superior para nutrir bons pensamentos e sentimentos, esse combustível sublimado então se metaboliza no
perispírito sem deixar resíduos enfermiços.
Após a desencarnação, o espírito densificado pelo fluido espesso é atraído pela sua compacidade
astrofísica e cai nas regiões astralinas purificadoras, vitimado pela própria atuação danosa aos outros, e,
sobretudo, a si mesmo.
O homem movimenta forças em todos os planos da vida, desde a mais sutil vibração de onda do reino
espiritual, até atingir a compacidade do mundo físico. Assim, o mínimo pensamento e a mais sutil emoção
do espírito encarnado, pela sua conexão ao corpo físico, exige o gasto energético proporcional à
intensidade e natureza das emissões mentais e ações emotivas, que repercutem plano por plano, até atingir
o campo da vida material.
De um modo geral, este conceito tem o seu equivalente nas conhecidas leis de reflexão da luz, do som, cujo
nome transcendental é a Lei do Retorno, bastante conhecida no processo cármico e atuação no ciclo das
encarnações!
Quando o artista pensa em pintar um quadro de rosas na sua mais bela florescência, essa ideação é real
em sua mente porque a tela florida em projeto só se delineia mentalmente graças à rapidíssima aglutinação
de elétrons e átomos específicos, para comporem os polipeptídios básicos da memória do cérebro físico,
com transformações energéticas para o espírito modelar o pensamento.
O certo é que na mente física há modificações, com perda e ganho de energia, para sustentar e evoluir a
idéia fundamental da futura pintura física, que então será visível aos sentidos humanos. Em verdade, a tela
reproduz tão somente a “materialização”, à luz do dia, daquilo que já existia vivo no campo mental do pintor.
No mundo das idéias tudo é real e possível num plano superior, graças ao eletromagnetismo dos átomos e
das moléculas, que, apesar de sua elasticidade e instabilidade, aglutinam-se nas substâncias mais variadas
sob o comando do espírito, assim como se fixam as tintas na tela física!
Em conseqüência, é a manifestação ideal do espírito, superior e mais real do que a do corpo carnal, que é
transitório, porquanto tudo o que é pensado registra-se no campo etérico do Universo por toda a eternidade,
através dos assim chamados “registros akáshicos“.
Desde que todos os pensamentos, atos e fatos são gravados na superfície do tempo e do espaço, o
indivíduo pode, através da meditação, desenvolver a arte de sintonizar esses registros akáshicos, quase da
mesma maneira como se pode reproduzir velhas fitas magnéticas gravadas.
Considerando-se que a vida espiritual é a original e definitiva, obviamente são mais definidos, vitais e
positivos os planos intermediários, que vinculam a entidade sideral à matéria, no chamado “descenso
vibratório”.