5. A Lei do Carma 9
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Introdução ao estudo das obras de Ramatís
Conseqüentemente, para que se efetue o simples ato de fuga do homem aos deveres conjugais e paternos,
movimenta-se um processo científico e gradativo, desde a matriz do seu Espírito, sediado no plano
espiritual, cuja idéia “imoral” impregna-se de energia mental, e, no seu prosseguimento subdinâmico para
baixo, deve revestir-se da energia astralina e revestir-se no campo das emoções!
Finalmente, já no limiar do mundo físico, a idéia do abandono censurável projetado pelo Espírito,
dinamizada mental e astralmente, então se vitaliza pela energia “etéreo-física” do plano intermediário que
liga o mundo oculto e o físico, até se reproduzir “materialmente” num ato censurável, sob as leis e a moral
do mundo físico.
Em tal caso, o homem faltoso incorreu num ato “pecaminoso” porque se serviu maldosamente das forças
criativas da vida correta e vinculada pelo amor, como são as energias mentais, astralinas e etéricas, para
vivificar, sob a supervisão divina, a sua união a outros seres, traindo depois os vínculos de amparo e
responsabilidade. Usou energias de todos esses planos para cometer um ato irregular ao trair os votos
conjugais; a fim de praticar um ato “imoral”, mobilizou científica e tecnicamente as forças criativas do próprio
Cosmo!
Em conseqüência, ficou culpado, sob a Lei Cármica, de todos esses planos, cabendo-lhe corrigir o desvio
praticado no mau uso das forças arregimentadas num ato irregular no mundo físico, e que fará num
processo retroativo de compensação energética.
As causas perturbadoras, geradas pelo homem imoral nos diversos planos da vida oculta que
vinculam o espírito à matéria, também hão de gerar-lhe efeitos idênticos e perturbadores no
momento de sua retificação cármica.
Sob o julgamento humano e os preconceitos sociais do mundo, o abandono da família é tachado como ato
censurável ou acontecimento exclusivamente punível na esfera da ética humana. É apenas a atitude
censurável e comum de um pai de família que abandona o lar por vício, vagabundagem ou aventuras ilícitas
pecaminosas, onerando o equilíbrio social e agravando a economia coletiva.
Mas para a Lei do Carma humano, que se deriva intimamente da Lei Cármica do Cosmo, sob o mesmo
ritmo e a pulsação energética de que “a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”, ela abrange toda
escala da perturbação, que decorre desde o mundo oculto, e altera a estabilidade do ritmo, equilíbrio e
harmonia, em todos os planos subseqüentes.
Há uma correção científica desde a atividade espiritual até a atividade física, que gera um efeito
disciplinador moral, partindo de uma causa científica.
A intenção fundamental da Lei perturbada é indenizar vibratoriamente todas as deformações
ocorridas, e ajustar o equilíbrio e a harmonia, que são violentadas nos vários setores de sua
ação e reação.
E sob a própria lei do bom senso, serve-se do próprio autor nocivo para ele próprio reajustar o ritmo
perturbado na seqüência da reação, e equilibra a ação que foi alterada!
6. O CARMA FUNDAMENTAL DO ESPÍRITO
Carma fundamental de um espírito é a condição a que ele fica subjugado, inapelavelmente, sob um destino
determinado pela natureza do próprio planeta, ou meio onde deve efetuar a sua nova experiência espiritual.
Embora o espírito reencarnante possa ser de alto gabarito espiritual, ou então apenas um tipo primário,
pouco importa se ele merece ou não renascer em tal ambiente, pois ficará inapelavelmente sujeito às
injunções naturais e próprias do orbe onde tiver de habitar.