5. A Lei do Carma                                                                                                                                           17 

                                                                                                                                                                         

.

 

Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

 

10. OS SENHORES DO CARMA 

 
Raros espiritualistas mostram-se esclarecidos quanto ao verdadeiro sentido da recuperação cármica, pois 
mesmo entre os espíritas ainda se confunde o programa técnico de limpeza perispiritual com a concepção 
de castigos, sofrimentos ou resgates de culpas pregressas. 
 

 
Não existem departamentos corretivos nos planos superiores para punir as faltas dos filhos 
de Deus. 
 

 

Afora alguns arremedos de tribunais de justiça, sediados nas regiões do astral inferior sob o comando de 
entidades malévolas do submundo espiritual, a dor, desdita, desgraça, tragédia ou infelicidade são apenas 
fases de um processo técnico benfeitor, traçado inteligentemente pelos “Senhores do Carma”, com o 
objetivo exclusivo de proporcionar a felicidade breve aos espíritos ignorantes. 
 

 
Os Senhores do Carma, assim conhecidos pela filosofia oriental, são espíritos encarregados 
de esquematizarem os programas redentores dos encarnados no processo de retificação 
espiritual. 
 

 

Conhecidos por “Senhores do Carma” na escolástica hindu, ou por “Mentores Cármicos” na sinalética 
oriental, eles controlam cada espírito desde os primeiros bruxuleios de sua consciência, através das fichas 
cármicas,
 com o prefixo sideral da família espiritual a que pertencem, acrescidas dos dados da sua 
graduação sempre atualizados. 
 
número sideral é a identificação definitiva do “espírito-indivíduo”, em todas as suas encarnações e 
ascese sideral. É evidente que, se determinado espírito se chama na Terra, João, Rafael, Júlio César ou 
Sócrates, isso se refere apenas à sua existência transitória na carne, não propriamente à sua verdadeira 
identifica espiritual, que é um número sideral permanente. 
 
 

11. LEI CÁRMICA x JULGAMENTO ALHEIO 

 
Também o conceito evangélico de “não julgueis par anão serdes julgados”, ou “não condeneis e não sereis 
condenados”,
 amplia-se no seu sentido moral, abrangendo já algo no processo cármico e no julgamento das 
relações e conseqüências entre os espíritos nas suas encarnações sucessivas. 
 
Esses conceitos de Jesus são importantes advertências de que toda ação negativa do espírito redunda 
sempre em seu próprio prejuízo
, pois julgar o alheio é “medir-se” a si próprio; nada mais é que um 
mecanismo de defesa do “ego”, em que, para ressaltar-se ou elevar-se, o homem julga o próximo e o 
diminui por uma conclusão inferior! 
 
Muito além da simplicidade de um julgamento pessoal de homem para homem, essa sentença do Cristo 
abrange a vivência do espírito através de suas encarnações. Ela é extensível à continuidade da vida 
espiritual, abrangendo os maus e bons juízos que o espírito pronuncia no decurso de todo o processo de 
sua angelização! 
 
Isso se refere ao fato da criatura julgar os equívocos, as imprudências e os pecados dos seus irmãos, e 
depois verificar a frustração de já ter procedido assim em vidas anteriores, ou aperceber-se de que ainda 
poderá pratica-los no futuro. 
 
Essa conceituação de Jesus é mais propriamente uma lei do que um aforismo, que além de funcionar fora 
do tempo e do espaço, adverte e disciplina as atividades cármicas dos espíritos na sua ascese angélica. Ela 
refere-se precipuamente à essência da vida espiritual do homem, pois abrange as causas e os efeitos 
fundamentais de suas vidas sucessivas
, sob o processo implacável e justo da Lei do Carma!