1. Ramatís e sua obra
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2. A IMAGEM DE RAMATÍS À VISÃO PSÍQUICA
.
Introdução ao estudo das obras de Ramatís
im.
o pura.
Ramatís se apresenta aos videntes na figura majestosa de uma
entidade espiritual, recortada em meio a uma intensa massa de
luz refulgente, cuja aura, de um amarelo-claro puro, com
nuanças douradas, é circundada por uma franja de filigranas
em azul-celeste, levemente tonalizada em carmes
Como as cores da aura humana são campos vibratórios que
resultam dos pensamentos e sentimentos inerentes ao ser,
indicando seus atributos emotivos e mentais, sabe-se que o
amarelo puro com franjas douradas revela-lhe elevadíssima
intelectualidade, característica de quem emite raciocínios
elevados, enquanto o azul claro celeste indica elevada
espiritualidade e devoção pura, típica daqueles mergulhados
em ardente desejo de oração; já o carmesim representa
afeiçã
À vidência, Ramatís aparece no seio de uma massa de luz
policrômica tão cintilante e transparente, que elimina todas as
rugas, sulcos e sinais de maturidade de sua fisionomia,
apresentando-se com o aspecto ideoplástico adolescente de
um jovem de quinze anos, cujo rosto assume um tom rosado;
seus olhos amendoados arredondam-se pela luz que os inunda
facilmente.
Apesar da aparente fisionomia expressivamente ocidentalizada, na realidade é um tipo oriental,
descendente de pai hindu e mãe chinesa, amorenado, com olhos oblíquos. Ao contemplar-se sua imagem,
mesmo que em realidade não apresente aspecto de um adolescente de quinze anos, como aparenta,
Ramatís remoça-se de tal modo pelos fulgores luminescentes que se irradiam de sua intimidade, que é
dificílimo acreditar que o seu perispírito abandonou o corpo físico, em sua última encarnação, aos trinta
anos de idade, pois até seus lábios perdem os contornos orientais.
Ramatís tem aparecido à vidência ideoplástica dos terrícolas com as vestes religiosas que usava há mais
de um milênio, em sua última romagem carnal na Indochina, espécie de indumentária iniciática dos
bispados locais. Se ainda conserva a configuração de sua última existência terrena, em lugar de qualquer
outra plasmada por sua mente, ou vivida anteriormente alhures, isso o faz para apoio à vidência ou intuição
dos terrícolas, pois que, em verdade, há muito já abandonou evolutivamente as roupagens anacrônicas do
corpo físico e do perispírito.
Seu traje, um tanto exótico, compõe-se de ampla capa aberta, descida até os pés, com mangas largas e
que lhe cobre a túnica, ajustada por um largo cinto esmeraldino esverdeado. As calças são apertadas aos
tornozelos, como as que usam os esquiadores. A tessitura de toda a veste é de seda branca, imaculada e
brilhante, lembrando um maravilhoso lírio translúcido. Os sapatos, em cetim azul-esverdeado, são
amarrados por cordões dourados que se enlaçam atrás, acima do calcanhar, à moda dos antigos gregos
firmarem suas sandálias.
Cobre-lhe a cabeça um singular turbante de muitas pregas ou refegos, encimado por cintilante esmeralda e
ornamentado por cordões finos, de diversas cores, caídos sobre os ombros, do qual se pode fugazmente
entrever manchas de cabelo preto como azeviche.
Essa indumentária, que não denuncia uma expressão definida, mas sugere algo de iniciático com sentido
esotérico, é um misto de trajes orientais, vestuário indochinês raríssimo, derivado de antigo modelo
sacerdotal, muito usado nos santuários da desaparecida Atlântida.
Sua fisionomia é sempre terna e ao mesmo tempo austera, com traços finos, tês morena e olhos
ligeiramente repuxados.