6. Prâna 9
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Introdução ao estudo das obras de Ramatís
Durante o dia, quando o Sol brilha, aumenta a vitalidade das coisas e dos homens; mas com
o tempo sombrio, carregado de nuvens, ou nos dias tristes, diminui gradativamente a
formação dos chamados “glóbulos vitais”, que constituem os fundamentos do Prâna, que é
a Vida, a Vitalidade em todos os seres e em todos os planos da Criação.
À noite, decai quase que totalmente a manifestação ou a produção do Prâna, quando o homem vive das
suas reservas prânicas acumuladas durante o dia. Depois da meia-noite, o Prâna ou a vitalidade se reduz
no orbe, justificando-se, pois, o motivo porque uma hora de sono antes da meia-noite pode valer por
duas ou mais usufruídas depois. As desencarnações são mais freqüentes depois da meia-noite, porque
os espíritos desencarnados preferem libertar o agonizante quando ele também possui menos Prâna, pois a
sua vitalidade mais baixa facilita-lhes cortarem os cordões fluídicos que ligam o perispírito ao corpo.
5. PRÂNA E ENFEITIÇAMENTO
O feitiço é freqüente na Terra porque os seus habitantes ainda são desabusados em relação à vida de seu
irmão, pois são raros os que sabem guardar o pecado do próximo sem revelá-lo em público ou criticá-lo de
modo malicioso. Sem dúvida, aqueles que se descontrolam no mau falar, pensar e agir, que transbordam
sua carga de Prâna nas práticas viciosas e nas paixões aviltantes, à noite estão exauridos, com sua
vitalidade rarefeita e, portanto, mais suscetíveis às cargas maléficas do feitiço.
Os impactos de magia negra ou as cargas enfeitiçadas que são enviadas pelos desencarnados à distância,
contra certas vítimas previamente escolhidas, ajustam-se facilmente às pessoas maledicentes e
desvitalizadas de Prâna, incapazes de reagirem vitalmente contra tais ofensas fluídicas.
Os bons sentimentos e os bons pensamentos, justos e elevados, é que realmente agem
sobre o Prâna, e por isso conservam o homem saudável e vigoroso, transbordante de
vitalidade e imune às investidas do astral inferior.
O Prâna que se irradia do homem bom, reto e evangelizado é de um tom rosado, transparente e de um odor
agradável aos desencarnados; pela sua luminosidade, ele é capaz de desfazer ou fundir imediatamente as
nódoas, as manchas e os impactos das cargas venenosas que se projetam contra o seu dono.
Durante as relações entre o corpo físico, o duplo-etérico e o perispírito, o Prâna, sob a ação da luz, é o
combustível sublime que aumenta ou diminui as defesas morais e vitais do ser contra tudo que é abjeto,
ofensivo ou enfermiço. É por isso que os hindus, seguindo os ensinamentos de Buda, sabem que o primeiro
passo no caminho do Nirvana (ou da Angelitude), é uma saúde perfeita, ou seja, saúde física e moral.
Se os bons sentimentos e os bons pensamentos melhoram a qualidade do Prâna astral, etéreo e físico,
revitalizando e fortalecendo o homem contra as ofensas do mundo exterior, é evidente que só podem ser
enfeitiçadas as pessoas de um mau viver, mau pensar, mau falar, porque elas já cimentam em si mesmas
as bases do feitiço físico, mental e verbal.
Fontes bibliográficas:
1. Maes, Hercílio. Elucidações do Além –Obra mediúnica ditada pelo espírito Ramatís. 6ª ed. Rio de
Janeiro: Freitas Bastos, 1991.
2. Maes, Hercílio. Magia de redenção – Obra mediúnica ditada pelo espírito Ramatís. 5ª ed. Rio de
Janeiro: Freitas Bastos, 1989.
3. Powell, Major Arthur E. O duplo etérico. São Paulo: Ed. Pensamento, 1992.