1. Ramatís e sua obra
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Introdução ao estudo das obras de Ramatís
Eles são mais intuitivos, místicos e sonhadores; algo despreocupados para com a exaustiva objetividade
do Ocidente, e nos aceitam incondicionalmente, sem as preocupações formais do intelecto; sentem-nos,
profundamente, no silêncio da alma, e advinham a divina realidade do "Eu Sou". Vivem um tanto fora
das fronteiras rígidas do "espaço" e do "tempo", símbolo dos vossos entendimentos positivos; são mais
negligentes para com as complexidades científicas e, embora vestindo o traje de carne dos ocidentais, os
reconhecereis facilmente sob a psicologia inata do oriental.
O oriental é essencialmente introspectivo; a sua agudeza mental "sente", muito antes, aquilo que os outros
geralmente só percebem através da matemática da forma. Na profundidade do seu espírito vibra a
misteriosa "voz sem som" que, no "caminho interior", adverte da realidade que transcende o reino de Maya
- a Ilusão!
É por isso que o que dizemos, lhes é eletivo; eles sentem na intimidade dos seus espíritos o exótico
perfume que se evola, e uma "voz familiar" lhes segreda: "Antes que a Alma possa ver, deve ser
conseguida a harmonia interior, e os olhos da carne tornados cegos a toda ilusão. Antes que a Alma possa
ouvir, a "imagem" tem que se tornar surda aos rugidos como aos segredos, aos gritos dos elefantes em
fúria como ao sussurro prateado do pirilampo de ouro.” Estas palavras quase não têm sentido para o
ocidental inato, porque para isso é preciso fazer o espírito mergulhar profundamente no seu interior,
abstrair-se da complexidade ilusória da forma exterior, que o oriental sabe ser profundamente enganadora.
Ele inverte fundamentalmente o problema, interessando-se em primeiro lugar pelo que a pitoresca
linguagem iniciática chama o "Dhâranã", ou seja, a abstração completa de tudo que pertença ao universo
físico, ao mundo dos sentidos; enfim, à dor de cabeça do cientista ocidental. As nossas palavras revivem-
lhes certas emoções fixadas na retina espiritual, enquanto que para os "não eletivos" podem até parecer
ridículas ou obscurecedoras da realidade prática. Nenhuma censura ou crítica aos nossos comunicados
causará perturbações a esses nossos simpatizantes, nem lhes anulará a confiança que já nos devotam.
Na realidade, as almas se aproximam e comungam em grupos afins com os mesmos ideais e os mesmos
sonhos; inútil será que outros se fatiguem para modificar essas simpatias, que se alicerçaram através de
milênios de contato espiritual.
Há sempre uma elite para cada tipo de mensagem, doutrina ou instrução religiosa; a simpatia íntima dos
adeptos só poderia mudar se lhes mudassem, também, o conteúdo psicológico individual, acumulado no
passado. Embora não pretendamos criar doutrinas ou seitas, existe um grupo eletivo, inconfundível e coeso,
que corresponde intimamente às nossas intenções."
7.1 ATANAGILDO
Atanagildo é espírito intimamente ligado ao grupo liderado por Ramatís, e foi seu discípulo algumas
vezes, principalmente na Grécia, onde viveu várias vezes, tendo lá sua encarnação mais importante
ocorrido entre os anos de 441 a.C. e 384 a.C, período em que foi contemporâneo de Ramatís na figura de
Platão.
Este discípulo de Ramatís é afeito à mesma índole universalista do seu mentor e amigo. Ligou-se ao
seu mestre desde antes do êxodo dos hebreus do Egito, tendo-o acompanhado em várias existências
físicas, haurindo-lhe os conhecimentos e a técnica espiritual de serviço no Além.
O seu modo eclético é muito comum a todos os discípulos, admiradores e à maioria dos leitores de
Ramatís que, em número de alguns milhares, permaneceram mais tempo reencarnados no Oriente,
sob a visão protetora da "Fraternidade do Triângulo".
Atanagildo está ligado a um plano de apressamento cármico combinado com Ramatís há alguns milênios,
juntamente com outros milhares de espíritos exilados de outros orbes, que tudo fazem para adquirir as
qualidades e o padrão vibratório que tanto precisam reajustar, a fim de poderem retornar ao seu planeta de
origem.
Ele delineou um plano severo de trabalho, estudo e cooperação aos terrenos, quando ainda se
encontrava encarnado no Egito, visando atividades sacrificiais, que poderão auxiliá-lo com mais êxito a
obter a sua mais breve alforria espiritual.