7. O Perispírito – 1ª parte: Corpo Astral
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1º módulo: Introdução ao estudo das obras de Ramatís
Enquanto o corpo de carne é temporário, feito para o homem viver na Terra por 60 a 80 anos em média, o
corpo sobrevivente à morte física, o perispírito, é muito mais complexo e de maior valor do que aquele,
sendo organização definitiva, cuja vida não pode ser medida pelo calendário humano.
A constituição do perispírito remonta há alguns milhões de anos terrenos, durante os
quais ele veio se plasmando através de todos os reinos da natureza, no seio de todas as
espécies inferiores.
Durante esse prolongado mas progressivo desenvolvimento, nele se acumularam as energias
fundamentais, plasmaram-se os órgãos e os sistemas etéreo-astrais, até alcançar o progresso e a
sensibilidade suficientes para servir como o mais valioso veículo intermediário entre o mundo invisível dos
espíritos e o mundo físico dos encarnados.
O perispírito é um organismo cuja fisiologia etéreo-astral é muito mais complexa e avançada do que a do
corpo físico. Embora funcione num plano vibratório imponderável aos sentidos físicos, ele é o “molde
preexistente” ou a matriz original do corpo físico, possuindo as contrapartes astrais de todos os órgãos
carnais.
Essas contrapartes astrais do perispírito, pouco a pouco, também se atrofiam pelo desuso, devido ao
progresso espiritual da alma, que então se ajusta a planos cada vez mais sutis.
O perispírito, mesmo desligado do corpo físico e apesar de liberto das exigências da vida
material, apresenta ainda uma fisionomia etéreo-astral que lembra o velho casulo de carne.
O perispírito de um desencarnado que se materialize em trabalho de fenômenos físicos, permite que se lhe
ausculte o coração, que bate de modo perceptível, podendo até mesmo escutar-lhe a débil respiração,
própria do ser vivo no plano físico, para a surpresa de muitos, comprovando nos desencarnados uma
fisiologia semelhante à do organismo carnal.
Não há discrepância ou anormalidade no fato de os encarnados apalparem ou ouvirem as pulsações dos
órgãos de espíritos materializados, pois o seu invólucro perispiritual é anatômica e fisiologicamente idêntico
às suas contrapartes do organismo físico. A diferença consiste em que esses órgãos palpitam noutra
freqüência vibratória mais sutil e cumprem a função adequada ao plano em que se manifestam (o plano
astral).
Convém destacar a grande importância e preponderância do perispírito sobre o corpo físico, pois ele é a
matriz, o molde, ou seja, a origem exata da organização de carne e o “detonador” de todos os demais
fenômenos corporais projetados pela mente humana.
Todos os seres vivos, inclusive os vegetais, são dotados de um duplo etérico que lhes configura a forma e
também traça os limites do seu crescimento e expansividade. Assim como o homem é portador de um
perispírito que lhe dá forma humana e o mantém equilibradamente no meio onde habita, as espécies
vegetais também possuem um corpo etérico provisório, nutrido pelo Prâna ou vitalidade, o qual se desata
da semente e se expande até um limite peculiar.
Se o homem não fosse um perispírito limitado na sua configuração humana, é obvio que ele cresceria
indeterminadamente em todos os sentidos, durante a sua existência física, tornando-se a humanidade
terrena um conjunto de gigantes em relação à sua estatura tradicional atualmente conhecida. Em breve, sob
essa hipótese, o orbe terráqueo estaria saturado e superpovoado por tais gigantes, ainda coberto por uma
vegetação em incessante crescimento.
No entanto, graças ao perispírito, que funciona à guisa de um “cartucho” ou “molde” invisível, a impedir o
crescimento anormal do homem e do animal, e ao duplo-etérico que contém os vegetais, a Terra ainda é um
planeta suficiente para ser povoado e cultivado por incontáveis milênios.