7. O Perispírito – 1ª parte: Corpo Astral
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1º módulo: Introdução ao estudo das obras de Ramatís
Sob a ação do automatismo milenário do perispírito, o homem não precisa pensar para dormir ou andar,
nem precisa cogitar de promover a assimilação nutritiva e a produção de sucos ou hormônios, dispensando
também o controle pessoal dos fenômenos excretivos de toxinas, suores e substâncias perigosas à
integridade física.
Graças a essa inteligente direção e capacidade de controle automático e milenário do perispírito, o corpo
físico do homem realiza centenas de funções, sem que seja preciso intervir no fenômeno, e todos os
dispêndios e recuperações de energias se efetuam sob elogiável disciplina e se destinam ao mais breve
progresso e aperfeiçoamento do espírito.
A prova da existência desse automatismo sábio do perispírito se revela, por exemplo, durante o seu
afastamento no processo de anestesia, quando cai a temperatura do corpo físico e diminuem as suas
funções orgânicas.
As energias próprias do perispírito, que lhe sustém esse automatismo característico, se ativam mais durante
o verão, quando o magnetismo perispiritual se torna mais ativo, e então as unhas, os cabelos e os pelos
crescem mais rapidamente do que no inverno.
O conhecimento avançado dessa maravilhosa organização, que é o perispírito, do qual a maioria dos
homens ainda ignora o alto valor, permitirá solucionar muitos de seus problemas como paralisias,
epilepsias, doenças desconhecidas e distúrbios nervosos.
Isso porque ele é realmente o principal organismo onde está sediada a onda de vida que flui pela
constelação solar, e depois através dos planetas e da Terra, para então se infiltrar pelos reinos mais
inferiores, nutrindo o vegetal, o animal e o hominal.
9. A INFLUÊNCIA DA ALIMENTAÇÃO MATERIAL SOBRE O PERISPÍRITO
O perispírito sofre em sua contextura até mesmo a influência da alimentação material do próprio corpo
físico. Os carnívoros, por exemplo, são mais letárgicos em sua sensibilidade psíquica porque as fortes
emanações de uréia e de albumina, que exsudam das vísceras animais durante a digestão, costumam
obscurecer o delicado tecido etéreo-astral.
O vegetarianismo contribui para higienizar a estrutura do perispírito, livrando-o dos fluidos viscosos da aura
do animal sacrificado, cuja carne se decompõe no estômago humano; recorda o fato de que “as lentes dos
óculos se conservam límpidas quando não sofrem os efeitos da gordura exsudada pelo calor do rosto”.
10. PERISPÍRITO E EVOLUÇÃO ESPIRITUAL
Todas as coisas e seres possuem o seu duplo etérico, estruturado do próprio éter físico exalado da Terra,
que os relaciona com o mundo invisível e com as forças do atavismo animal.
Entretanto, nem todos os animais são portadores de um perispírito, pois este é um veículo mais avançado
porque incorpora em si o corpo astral dos “desejos” e o corpo mental do “pensamento rudimentar”.
Os animais primitivos, sem capacidade cerebral para distinguir as reações emocionais, quando morrem, o
que lhes sobrevive é um duplo etérico compacto, pois suas “ações” estão subordinadas ao instinto ou ação
do espírito-grupo, sem qualquer resquício de consciência individualizada.
Está nesta categoria, por exemplo, o peixe, cuja vida, circunscrita aos movimentos instintivos do cardume,
faz com que seja sempre igual a outro peixe quanto ao modo de sentir.
No entanto, as espécies mais evoluídas como o cão, o gato, o macaco, o elefante, o cavalo e o boi, já
possuem um perispírito rudimentar, porque, além do duplo etérico, já possuem um corpo astral que, embora
rude, já está em condições de lhes facultar a manifestação de certos desejos e emoções que demonstram
vislumbres de sentimento.