11. Mediunidade e fenômenos mediúnicos                                                                                                 2 

                                                                                                                                                                            

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís - Estudo da mediunidade  

Curiosamente, a mediunidade, enquanto faculdade extrasensorial, quase não se modificou com o passar 
dos milênios, 
mantendo praticamente inalterados os seus diversos aspectos e pouco variando as suas 
manifestações, pois os bons médiuns de hoje dominam os mesmos fenômenos que antigamente exaltavam 
os profetas, os oráculos, as pitonisas, os astrólogos, as sibilas e os magos, o que demonstra a lentidão da 
ascensão espiritual do homem nesse terreno. 
 

 

Ao se interrogar os Vedas da Índia, os templos do Egito, os mistérios da Grécia, os recintos de pedra da 
Gália, os livros sagrados de todos os povos por toda parte, nos documentos escritos, nos monumentos e 
nas tradições antigas da humanidade, se encontra a crença universal nas manifestações das almas 
libertas de seus corpos terrestres
, associados de um modo íntimo e constante à evolução das raças 
humanas, a tal ponto que se tornaram inseparáveis da História, e que têm permanecido através das 
vicissitudes dos tempos. 
 

 

 

 

Essas manifestações mediúnicas surgiram como conseqüência do culto dos antepassados entre os povos 
primitivos, nas homenagens prestadas aos manes (“espíritos”) dos heróis e, nos lares, aos gênios tutelares 
da família, que lhes erigiam altares e dirigiam evocações, culto que foi posteriormente estendido a todas as 
almas amadas, ao esposo, ao filho, ao amigo falecido. 
 

 
Nos primórdios das civilizações antigas da humanidade, as sombras dos mortos sempre se 
misturaram com os vivos, quer em vigília durante as manifestações mediúnicas, quer durante 
o sono, revelando o futuro, aparecendo nas materializações de fantasmas ou através da 
telepatia, da premonição, da psicografia, de forma abundante, pois em toda a parte e em 
todos os tempos a vida interrogou a morte, e dela obteve respostas. 
 

 
Sem dúvida, os abusos, as superstições pueris, os sacrifícios supérfluos se misturaram com o culto das 
almas invisíveis, mas esse íntimo intercâmbio propiciava aos homens que haurissem novas forças, pois 
sabiam poder contar com a presença e o amparo dos seus antepassados amados, e esta certeza os tornou 
mais firmes em suas provações, aprendendo a não mais temer a morte. Com isso os laços de família se 
fortaleceram intimamente, principalmente no Oriente. 
 
Na China, na Índia e no território céltico havia reuniões, em dias fixos, na “câmara dos antepassados”, com 
a presença de numerosos médiuns de fé ardente e com faculdades paranormais poderosas e variadas, 
onde os fenômenos obtidos ultrapassavam em intensidade tudo aquilo que se pode observar atualmente.