12. Mediunidade natural e a de prova
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1º módulo: Introdução ao estudo das obras de Ramatís
1. MEDIUNIDADE NATURAL
Os médiuns naturais são aqueles que já gozam de sensibilidade psíquica avançada, cuja mediunidade é
fruto exclusivo do seu aprimoramento espiritual. São espíritos que já atingiram um alto nível moral e
que, portanto, integraram-se à vida psíquica superior e que, quando encarnados, são mais sensíveis aos
fenômenos do mundo oculto, embora isto não aconteça de modo ostensivo, mas apenas através da
intuição pura. A sua faculdade mediúnica é o sagrado coroamento do seu próprio aperfeiçoamento
espiritual, em vez de uma “concessão extemporânea”.
São criaturas que se transformaram em centros receptivos das manifestações incomuns que transcendem
os sentidos físicos; sua alta sensibilidade, fruto de avançado grau espiritual, afina-se incessantemente com
os valores psíquicos do melhor quilate, facultando-lhes não só o conhecimento instantâneo dos
acontecimentos presentes, como ainda as revelações mais importantes do futuro. O abençoado dom da
Intuição Pura foi a faculdade iniciática que serviu para que grandes espíritos que passaram pelo mundo
terreno, como Buda e Jesus, entre outros, liderassem admiráveis transformações no espírito do homem.
Eles tanto aferiram os fenômenos imediatos do mundo invisível, como ainda descortinaram amplamente a
síntese dos acontecimentos futuros mais importantes da Terra.
O médium espontâneo e natural, em conseqüência da graduação moral e grau superior do seu espírito,
dispensa qualquer treinamento ou intervenção técnica para relacionar-se com o mundo oculto, pois o
consegue unicamente através de sua alta sensibilidade intuitiva.
Embora a maior parte dos médiuns naturais não guarde a consciência nítida e completa de grande parte
dos acontecimentos sublimes de que são intermediários, eles se constituem nas antenas vivas avançadas
que, sob a inspiração dos espíritos angélicos, fluem para a superfície da matéria as mais confortadoras
esperanças e as mais importantes revelações. Instrumentos exclusivos do Bem, eles distribuem orientações
benfeitoras, advertências justas e incentivam todos os bons propósitos de vida. No âmago de suas almas, a
“Voz Silenciosa” do Senhor os anima, orienta e revela sua obra, tal como faz a todos os seres; no entanto,
só os puros intuitivos é que realmente O sentem em sua plenitude divina.
Embora esses seres não necessitem participar obrigatoriamente, e a horas certas, dos serviços mediúnicos
tradicionais e oficializados na matéria, pois a sua natureza elevada os dispensa do peculiar
desenvolvimento torturado da maioria dos médiuns em prova, e sob a atuação dos espíritos imperfeitos,
eles são sempre os melhores intérpretes da verdadeira vida imortal. Eles focalizam, numa visão global e
fecunda, todas as manifestações gloriosas e concernentes à Criação, que restitui à humanidade as parcelas
de fé destruídas pelos maus escritores, filósofos ou líderes religiosos ignorantes.
1.1 MÉDIUM INTUITIVO NATURAL
A mediunidade “natural”, faculdade espontânea e intrínseca do espírito já sublimado, isto é, uma
decorrência ou corolário do seu próprio grau espiritual, manifesta-se-lhe geralmente pela via intuitiva.
Aquele que usufrui da Intuição Pura, como percepção angélica, fruto abençoado de milênios de sacrifícios,
renúncias e renovação moral na escalonada espiritual, apresenta as seguintes características:
•
põe-se facilmente em contato com a Consciência Crística do Criador, pois já vive em sua intimidade o
estado de paz e euforia das almas santificadas;
•
não está sujeito a sofrer alterações que o contradigam espiritualmente na sua faixa vibratória já
alcançada;
•
é imune às influências menos dignas, pois não vibra com as modulações inferiores dos vícios, das
paixões ou das seduções da matéria;
•
não se dessintoniza com o Comando Angélico do orbe; sua alma filtra os pensamentos e as revelações
angélicas, assim como a lâmina diamantífera fulge à luz suave do Sol, sem se ofuscar o seu brilho
natural;
•
não exige que os altos dignatários da Vida Oculta desçam vibratoriamente até sua organização humana
para efetuar o serviço mediúnico, uma vez que ele se encontra ligado permanentemente à fonte angélica
e representa na Terra o seu prolongamento vivo;