16. Sono, sonhos e recordações do passado
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1º módulo: Introdução ao estudo das obras de Ramatís
Existem certos fatores que distinguem bastante os estados psíquicos manifestados durante o repouso
noturno, sem que por isso o espírito se afaste do corpo físico:
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PESADELOS DECORRENTES DE INDISPOSIÇÕES DO CORPO FÍSICO: Algumas vezes o indivíduo
tem pesadelos provocados pela má digestão, ou devidos à posição espasmódica do corpo físico, mal
acomodado no leito.
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EMERSÕES DA MEMÓRIA ETÉRICA: Podem ocorrer emersões da memória etérica e o espírito rever
cenas de suas encarnações anteriores, confundindo-as com a fenomenologia comum dos sonhos.
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RECORDAÇÕES CONFUSAS DOS ACONTECIMENTOS DO DIA: Podem ocorrer associações dos
principais acontecimentos verificados durante o dia e que, à noite, surgem então na mente, na forma de
quadros mórbidos ou exóticos, compondo cenas extravagantes com objetos, animais ou outras coisas
terrenas, que são levadas à conta de sonhos confusos. É o caso, por exemplo, de alguns estudantes
ou intelectuais que, após exercícios mentais muito vigorosos, passam a noite inteira a remoer
impressões fatigantes, como se vivessem os mesmos acontecimentos cotidianos.
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DESDOBRAMENTO NOTURNO DO PERISPÍRITO: Finalmente, é muito comum o fato de o espírito
abandonar o seu corpo físico durante o repouso noturno, a fim de participar de atividades espirituais de
conformidade com seu grau evolutivo; alguns se põem facilmente em contato com seus parentes,
amigos ou preceptores, de cujas conversas, apelos ou admoestações se recordam pela manhã na
forma de sonhos mais nítidos.
2. OS “PESADELOS” REAIS
Há casos em que os espíritos, à noite, deixam o seu corpo físico no leito de repouso, e durante o sono
penetram imprudentemente nas regiões inóspitas do astral inferior, terminando por sofrer agressões de
espíritos malfeitores ou vingativos, que se aproveitam de todas as circunstâncias e ocasiões propícias para
se desforrarem dos encarnados.
Esses prejuízos são ainda mais graves nas criaturas que vivem de modo censurável e são indiferentes aos
ensinamentos de Jesus, sintetizados no seu Evangelho, ou de outros instrutores espirituais que sempre
ensinam aos homens um padrão de vida superior.
A má conduta do dia deixa o espírito desamparado para as suas saídas em astral, à noite,
pois quando ele se desprende do corpo carnal, fica isolado dos seus protetores pela massa
de fluidos adversos, que se lhe aderem nos momentos de invigilância espiritual.
Deste modo, os seus guias nada podem fazer-lhes nos momentos de perigo, nem livrá-los de certos
traumas psíquicos que no dia seguinte são levados à conta de pesadelos!
Certos sonhos tenebrosos não passam de cenas reais, vividas à noite fora do corpo e sob a perseguição
ou agressividade de certos malfeitores do mundo invisível. Em tal condição, o espírito do “vivo” retorna
veloz e aflito do local onde se encontra em perigo, para mergulhar celeremente no seu escafrando de carne
e proteger-se contra os perigos do Além! Isso ocorre porque muitas criaturas devotam-se durante o dia às
paixões ignóbeis, aos vícios deprimentes, à maledicência e à estatística dos pecados do próximo; depois se
atiram no leito de repouso, sem ao menos recorrerem aos benefícios salutares da oração, que traça
fronteiras fluídicas protetoras em torno do espírito encarnado.
3. A DIFICULDADE NA RECORDAÇÃO DOS SONHOS
O corpo astral, que compõe o conhecido perispírito, é um veículo de manifestação exclusiva no mundo
astral onde, depois da morte do corpo físico, passa a se mover tão livre e conscientemente quanto seja o
grau de evolução sideral do espírito.