17. Fenômenos de efeitos físicos
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Introdução ao estudo das obras de Ramatís: Estudo da mediunidade
Malgrado o empobrecimento da massa ectoplásmica e a incompreensão de freqüentadores irresponsáveis,
alguns espíritos de boa vontade ainda conseguem a materialização parcial do seu perispírito, a
movimentação de alguns objetos ou tentam a “voz direta”. Na tentativa heroica de satisfazerem os
presentes, mobilizam todos os recursos disponíveis para lhes dar toque físico das mãos ou dos pés, a fim
de não os decepcionarem por completo.
Quando, ao tocar as mãos de algum espírito materializado, se verifica com surpresa que ele
não tem braços, ou, ao se lhes apalpar os pés ou a cabeça constata-se a ausência das mãos,
isso não representa a presença de excêntrico fantasma que aberra as leis do mundo físico.
Na realidade ele procura condensar somente numa das partes do corpo, seja uma mão, os
pés ou a cabeça, todo o fluido que desvia da materialização das demais partes do seu corpo,
tornando-a palpável aos presentes.
É apenas questão de economia fluídica, tal como os técnicos siderais também o fazem na voz direta, em
que utilizam todo o ectoplasma disponível para a confecção da laringe provisória, enquanto cessam os
demais fenômenos, como levitação, ruídos ou materializações.
Nos trabalhos de efeitos físicos, os fenômenos só ocorrem simultaneamente quando os espíritos
manifestantes também dispõem de bastante ectoplasma. Isso às vezes sucede nas operações mediúnicas
diretas, quando os presentes identificam as vozes e os movimentos do médium operador, dos enfermeiros e
auxiliares desencarnados em face de existir bastante ectoplasma.
No entanto, quando a massa ectoplásmica é deficiente, o espírito operador enrijece e materializa apenas
suas mãos, a fim de poder manejar instrumentos cirúrgicos sobre o corpo do paciente, embora ele ali
continue presente atuando pela ação integral do seu perispírito. Isso ocorre porque, na operação mediúnica
sem a intervenção física do médium, são as mãos as peças mais importantes para tal função.