18. Fenômenos de efeitos intelectuais
11
_
Introdução ao estudo das obras de Ramatís: Estudo da mediunidade
Entretanto, o caminho seguro para o médium intuitivo desenvolver essa faculdade é a perseverança, o
estudo e o anseio de querer ser útil na evangelização da humanidade! Aguardar o “milagre” da
perfeição mediúnica, obtendo-a “a jato”, não é possível, pois a subida dos degraus da evolução exige
esforços próprios.
2.3.1 A INTERFERÊNCIA ANÍMICA NAS COMUNICAÇÕES POR PSICOGRAFIA INTUITIVA
Uma vez que o médium intuitivo deve vestir com os seus próprios vocábulos e recursos intelectuais o
pensamento do espírito comunicante, pode acontecer que ele componha certas respostas valendo-se da
lembrança de frases ou conceitos de outros autores, dando-os como sendo de autoria do espírito,
principalmente de for dotado de excelente memória e puder associar ao que o espírito comunica, aquilo que
já leu anteriormente.
A literatura espírita comprova a existência desse tipo de acontecimento, levada à conta de animismo, por
ser fruto de associação de idéias ou da chamada “memória fotográfica”, muito desenvolvida em alguns
sensitivos.
Muitas vezes, na ansiedade de registrar com exatidão e fidelidade aquilo que o espírito comunica, o médium
intuitivo se aflige entre a necessidade de auscultar o plano astralino e a de efetuar o registro das idéias no
papel, mantendo-se em transe no limiar dos dois planos; nesse momento, pode intervir o automatismo de
sua bagagem mental, fazendo-o compor trechos com matéria de outra lavra, a fim de melhor materializar o
pensamento do espírito comunicante.
Os desencarnados de certa estirpe sideral fazem o possível para evitar no sensitivo esse fenômeno, algo
desabonador para os medianeiros intuitivos. No entanto, sua existência no astral não os permite estar a par
de toda a literatura do orbe material, a ponto de poderem identificar de pronto frases, conceitos ou textos
assemelhados a outros já conhecidos, trabalho esse que poderia ser mais bem executado pelo próprio
médium, ao rever o que escreveu.
Quando se trata da transmissão intuitiva de comunicação ou obra de assuntos muito variados e
heterogêneos, por vezes complicadas, que lançam o medianeiro intuitivo num estado de preocupação
aflitiva, então esse fenômeno de emersão da memória fotográfica, muito sensível, se reproduz de forma
mais freqüente, podendo atrair para si a pecha de plagiador ou copista de outros trabalhos.
2.3.2 BLOQUEIOS IMPOSTOS PELO MÉDIUM NAS COMUNICAÇÕES POR PSICOGRAFIA INTUITIVA
Como o médium intuitivo não consegue identificar com absoluta certeza o fenômeno insólito de que
participa com os espíritos desencarnados, em quase estado de vigília, é razoável que algumas vezes
restrinja a influência comunicativa do Alto, supondo que se trata de sua própria intervenção anímica. Por
vezes, ele nutre desconfiança sobre o relato dos desencarnados, supondo-o fruto de sua própria
elucubração mental.
Já os espíritos comunicantes, ao ditarem suas mensagens, também precisam transpor cuidadosamente a
barreira firmada pela prevenção psicológica do médium, e os demais condicionamentos naturais de sua
existência humana. Assim que o assunto em foco transcende os seus conhecimentos, ele opõe ao espírito
comunicante uma maior resistência mediúnica, porque ainda desconhece o que lhe está sendo intuído.
3. PSICOFONIA OU INCORPORAÇÃO
É a variedade de mediunidade de efeitos intelectuais em que o médium fala sob influência, mais direta ou
mais intuitiva, dos espíritos desencarnados. O médium de psicofonia é aquele que proporciona o ensejo a
que os desencarnados entrem em comunicação com os denominados “vivos” através da palavra falada,
travando conversações; é forma bastante proveitosa de mediunidade, pois possibilita se estabelecer
diálogo direto com o espírito comunicante. Nessas condições, o médium sob atuação do desencarnado
comunicante pela psicofonia pode dizer coisas inteiramente fora do ambiente de suas idéias habituais, de
seus conhecimentos e, até mesmo, fora do alcance de sua inteligência.