20. Mediunidade de cura e terapêutica dos passes                                                                          

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís: Estudo da mediunidade 

Tanto quanto for evoluindo o conhecimento e a aplicação sensata do magnetismo entre os homens, 
paralelamente com o desenvolvimento mental e a renovação moral humana, é certo que o caso do câncer 
também será solucionado com mais brevidade. Então a medicina cuidará mais de tratar o conjunto humano 
doente, desde o espírito até a periferia orgânica de suas células, considerando em situação mais 
secundária a entidade mórbida chamada “câncer”. A ciência médica, na sua marcha evolutiva, terminará 
reconhecendo o poder curativo dos fluidos magnéticos e consagrará a terapêutica magnética como uma 
fonte de novos recursos em benefício da saúde. 
 

 

2.9 ATUAÇÃO DE PASSES MEDIÚNICOS EM ENFERMOS AGONIZANTES 

 
Para a criatura doente e já em estado pré-agônico, o socorro de passes de um médium que disponha de 
vibrações magnéticas balsamizantes consegue acalmar os sofrimentos do enfermo; porém, em 
nenhuma hipótese eles evitarão que se processe o determinismo divino quanto à sua vida ou morte. Se, na 
ficha cármica do espírito que comanda o corpo doente constar que este, apesar de moribundo, recuperará a 
saúde e se salvará, tal fato realizar-se-á infalivelmente, mesmo que a ciência humana preveja e assevere o 
contrário. 
 
São comuns no mundo da matéria os caso em que os médicos assistentes de um doente em estado grave 
asseguram que ele não escapará; e afinal, de modo imprevisto, o enfermo se recupera e não morre. 
Noutras vezes, dá-se o inverso: a ciência médica afirma que o doente está salvo; e logo depois, a moléstia 
se agrava e ele falece. 
 
Em certos casos, o socorro calmante produzido pelos passes pode sustentar-lhes a vida vegetativa por 
mais algum tempo; pode, enfim, contribuir para prolongar-lhe o estado comatoso ou agônico, pois o passe 
magnético é uma transfusão de fluido vital; 
em tais condições, o que na realidade se consegue com esses 
passes é prolongar-lhes o sofrimento! Portanto, não é, propriamente um “benefício” nesse caso. 
 

 

É mais acertado dizer que os passes vitalizantes nos moribundos prolongam o tempo do 

sacrifício da desencarnação. 

 

 

Considerando-se, no entanto, por um lado o fatalismo da morte, e por outro o caso de salvar-se somente 
aquele que ainda deve permanecer na matéria, ou que ainda revela a cota vital suficiente para viver, então 
não se deve desprezar também o socorro dos espíritos desencarnados juntos aos moribundos
 
Desde que se estabeleça um clima de confiança, de bons sentimentos, preces afetuosas e compreensão 
espiritual, em vez dos costumeiros brados aflitos ou das ladainhas movidas apenas pelos lábios, é óbvio 
que os espíritos desencarnados terão melhor ensejo de produzir a cura inesperada, se assim for da vontade 
do Alto. Sem dúvida, ser-lhe-á mais difícil tentar socorrer o moribundo mergulhado num oceano de fluidos 
mortificantes e ainda preso aos grilhões do magnetismo humano, alimentado pelo desespero e pela 
turbulência dos familiares inconformados. Se, apesar de todos os esforços médicos, o doente ainda agoniza 
em processo liberatório, é porque a Lei do Carma assim determina, nada cabendo de culpa ao médico ou 
ao médium, que tudo fazem para salvar o paciente. 
 
Não será a medicação violenta e tóxica que poderá ajudá-lo no transe final; mas, se algo for determinado 
pelo Alto, pode-se crer: a água fluidificada, o passe mediúnico ou a prece sincera mobilizarão as forças de 
urgência para a recuperação miraculosa!  
 
A interferência espiritual superior, nesse caso, necessita de um ambiente tranqüilo para exercer sua ação 
benfeitora, tal qual a luz do luar só é refletida com nitidez na superfície do lago sereno, e não sobre a crista 
das ondas revoltas! 
 
 

2.10 “PAPA PASSES” 

 
Alguns adeptos espíritas viciam-se aos passes mediúnicos, assim como os fumantes inveterados 
escravizam-se ao fumo, ou então como certos católicos que se habituam à missa todas as manhãs.