3. O Plano da Criação Divina
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Introdução ao estudo das obras de Ramatís
Nesse sentido, se o Onipotente for simbolizado como sendo uma infinita esfera translúcida pejada de
mundos e orbes que flutua disciplinadamente em seu seio, essa esfera pode ser subdividida mentalmente
em dois hemisférios iguais, duas partes exatas.
Embora Deus continue integralmente em toda a Esfera Infinita, essa simples divisão conceitual em dois
hemisférios implica em se perceber a necessidade de dois comandos espirituais: duas novas consciências
na figura de dois “condensadores siderais”, que devem então graduar o altíssimo potencial e a ilimitada
energia de toda a esfera, a fim de situar as cotas correspondentes de cada hemisfério, que passam a ter
vida à parte, nessa comparação, embora sem sair de Deus.
Surgem, portanto, os dois Arcanjos Hemisféricos Siderais, que a vontade de Deus situa em termos
conscienciais imediatamente abaixo de sua Vontade Infinita, e que atenderão a todas as necessidades da
nova vida em agitação nesses hemisférios da hipotética Esfera Divina. Ao se continuar mentalmente
subdividindo esses hemisférios, cada Arcanjo correspondente subdividir-se-á em outras duas consciências
menores às quais eles também transmitirão sua vontade e poder criador, mas sempre as abrangendo, pois
serão criações conscienciais de si mesmos.
Nessa suposta ordem decrescente e redutora, a Fonte Máxima de Energia, que é Deus, desce
vibratoriamente e vai compondo novas consciências cada vez menores, sem que por isso fique fora delas,
terminando por compor as galáxias, os sistemas estelares, os orbes, os satélites, asteróides e poeiras
siderais, onde se reconhece a respectiva graduação de subseqüentes consciências espirituais, que
comandam, em ordem decrescente, mas sempre obedecem hierarquicamente à imediata vontade mais alta.
Todas as galáxias possíveis de serem evocadas mentalmente formam o corpo de um Arcanjo Cósmico,
que por sua vez coordena harmoniosamente os Arcanjos de cada galáxia; em cada uma delas, o seu
Arcanjo Galaxial controla os respectivos sistemas solares e seus orbes, cujos Arcanjos Solares ou Logoi
Solares disciplinam e provêm cada sistema sob a sua direção mental e espiritual, materializam e alimentam
a substância e os orbes de seus sistemas.
Cada orbe, por sua vez, possui seu Arcanjo Planetário, do qual é o corpo visível, o verdadeiro
coordenador das necessidades dos reinos, seres e coisas ali existentes, e que constitui apenas a
materialização exterior de sua “vontade espiritual”, ligada ao rosário infinito de outras vontades maiores, que
se fundem na Vontade Última, que é Deus. A Terra, em particular, é a forma visível de uma vontade
espiritual que a comanda no seu campo interior e que a criou sob o ritmo da Vontade Maior, descida do Pai,
através dos seus prepostos que afloram cada vez mais à forma exterior, vontade essa conhecida como
Logos ou Cristo Planetário.
O Anjo ou “Deva Menor” é ainda capaz de atuar no mundo material, cuja possibilidade a própria Bíblia
simboliza pelos sete degraus da escada de Jacó, mas o Arcanjo não pode mais deixar o seu mundo divino e
efetuar qualquer ligação direta com a matéria, pois já abandonou, em definitivo, todos os veículos
intermediários (corpos sutis de evolução) que lhe facultariam tal possibilidade.
A fim de poder encarnar-se na Terra, Jesus de Nazaré, espírito angélico ainda passível de atuar nas formas
físicas, teve de reconstituir as matrizes perispirituais usadas noutros mundos materiais extintos. Jesus de
Nazaré, como agente da Entidade sob cuja jurisdição e dependência a Terra se encontra (o Logos
Planetário da Terra), como mundo formado em um sistema planetário, concorreu à formação de nosso
globo e de todos os seres que o habitam, passando a ser Governador Planetário.
O Cristo Planetário é uma entidade arcangélica, enquanto Jesus de Nazaré, espírito
sublime e angélico, foi seu médium mais perfeito na Terra. Cristo é um Arcanjo
Planetário, enquanto Jesus é o Anjo governador da humanidade terrícola.
Jesus é a mais Alta Consciência Diretora da humanidade terrena, mas não do Planeta Terra, porque ainda
permanece diretamente em contato psicofísico com as consciências terrícolas encarnadas ou não. Ele é o
Elo Divino e o mais lídimo representante de aspecto humano que se liga diretamente à Sublime
Consciência do Arcanjo Planetário da Terra.