4. Involução e evolução nos Planos da Criação 9
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Introdução ao estudo das obras de Ramatís
Particularizando, dentro do próprio reino animal há o subcomando psíquico que rege a formação,
desenvolvimento e progresso dos mamíferos, que se subdivide ainda em outros comandos-grupos de
raposas, cães, elefantes e outros componentes.
Igualmente, outro subcomando psíquico atua nos insetos e é constituído pelas almas-grupo das borboletas,
pulgas, gafanhotos, besouros, entre outros, e assim sucessivamente, seguindo de modo aproximado a
escala biológica estabelecida pelas tentativas de sistematização zoológica ou fitológica engendradas pela
Ciência.
Quanto mais apurada é a alma-grupo de uma espécie em particular, mais se mostram
hábeis, adaptáveis ou sensíveis os componentes que constituem o seu corpo
coletivo, porque já é maior o fluxo ou a filtragem da sabedoria do seu psiquismo diretor.
Exemplificando a ação particularizada de cada alma-grupo, enquanto a alma-grupo do peixe “tainha” só
consegue lhe proporcionar a melhor orientação possível para a sua sobrevivência, tão somente lhe ativando
o instinto de defesa ou fuga, nutrição ou procriação, já a alma-grupo psiquicamente mais apurada da
espécie golfinho chega a dar-lhe condições de adquirir, sob treinamento, hábitos que indicam uma
inteligência rudimentar.
Enquanto o psiquismo-diretor comanda e incentiva a vida instintiva do reino vegetal ou animal, a alma-grupo
trabalha e governa mais particularmente cada tipo caracterizado à parte, definindo-lhes as propriedades,
que cumprem determinada função no esquema global da criação do mundo físico.
Cada uma das unidades de vida de uma certa alma-grupo, quando aparece no mundo ligada a um
organismo, vem provida da soma total de experiências adquiridas por toda a alma-grupo com a construção
dos organismos precedentes.
Cada unidade, pela morte do organismo, volta à alma-grupo e lhe traz, como contribuição, o que adquiriu
em capacidade de reagir às excitações anteriores, conforme os métodos novos.
8. AÇÃO DAS ALMAS-GRUPO x EVOLUÇÃO
Pode-se precipitadamente concluir que alguns animais já são espíritos movendo-se em organismos em vias
de aperfeiçoamento para a condição humana; entretanto, convém entender que o espírito já é uma
individualidade, um centro de consciência particularizada, dotado de capacidade analítica de sentir-se e
saber-se existente por meio do próprio raciocínio.
No entanto, o animal ainda vive e sente através de sua alma-grupo, que pode ser considerada o espírito
global da sua espécie em particular.
Assim, todos os cães agem e reagem da mesma forma e entendimento, sem quaisquer ações definidas ou
à parte, que os distinguam de sua alma-grupo.
Para um cão ou um cavalo agir de modo individual, com características diferentes das que a sua alma-
grupo impõe coletivamente, então seria preciso que ele já possuísse alguma substância mental, que é
justamente a base fundamental do raciocínio e, conseqüentemente, o princípio que permite a elaboração de
uma consciência particularizada.
Embora o pano de fundo da consciência psíquica coletiva dos reinos e das espécies de seres do mundo,
tanto quanto as consciências individualizadas dos homens, seja a própria Consciência de Deus, há perfeita
distinção entre o “psiquismo”, que é a base da vida espiritual, e o “espírito”, entidade já distinguida no
tempo e no espaço.
O organismo carnal do homem é o refinamento final de todos os testes e experiências do psiquismo, após
as múltiplas passagens através de todos os reinos da Natureza, especialmente pelo reino animal, até lograr
a metamorfose da consciência humana.