4. Involução e evolução nos Planos da Criação 11
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Introdução ao estudo das obras de Ramatís
É um agrupamento que difere dos conjuntos animais de maior adiantamento, como os do cão, do gato ou
do cavalo, em que se pode verificar a fragmentação da “consciência de grupo”, pois alguns
componentes dessas espécies já revelam reações, gostos e preferências nitidamente individuais.
Há na espécie canina, por exemplo, certos tipos de animais que se distinguem do conjunto, revelando
emoções à parte: há o cão destemido que ataca de frente, e há o cão traiçoeiro, vingativo, que agride pela
retaguarda; enquanto o cão pacífico festeja o seu dono, esquecido da surra que levou, outro cão guarda
rancor para com ele e nunca mais esquece seu algoz.
Só depois que os animais ultimam todas as experiências determinadas e coordenadas por
sua alma-grupo é que então se verificam as primeiras oscilações ou características
individuais, que esboçam alguma individualização à parte; sob tal progresso psíquico, já é
possível observar alguma reação ou ação mais individualizada, em qualquer componente da
mesma espécie.
Encerrando o curso de instintividade global psíquica, regida pela alma-grupo de certa espécie do reino
animal, então se iniciam as primeiras fragmentações ou diferenciações psíquicas no animal ou na ave,
por exemplo um princípio de paixão, simpatia ou antipatia, que discrepa dos demais membros do conjunto.
Na Consciência Total de Deus, vão-se constituindo ou se fragmentando novos grupos de consciências
espirituais coletivas, que então abrangem e coordenam de modo instintivo todas as espécies de animais e
demais seres, disciplinando-lhes o progresso em grupos ligados pela mesma afinidade. Assim, permanece
sempre ativa uma “consciência-grupo” que dirige cada raça animal no mundo físico, seja a espécie bovina,
a eqüina ou a do peixe no oceano.
Entretanto, no seio dessas espécies ou raças, que são o prolongamento instintivo de uma consciência
diretora nos seus próprios componentes, vão-se destacando certas características psíquicas isoladas, que
pouco a pouco passam a constituir novas consciências menores movendo-se na corrente da vida, e
assumindo os deveres e as responsabilidades compatíveis com o seu entendimento já desperto.
Desse modo é que a espécie cães selvagens é um conjunto animal mais fácil de ser coordenado e dirigido
pela sua consciência psíquica diretora, porque, embora formando um agrupamento instintivo de vários
milhares ou milhões de cães, ainda funciona e só reage como uma peça homogênea, sem apresentar
quaisquer distinções isoladamente entre os seus componentes.
No entanto, quando se trata de espécie “cão doméstico”, dispersa pelos lares humanos, verifica-se que os
seus descendentes já reagem consciencialmente entre si, quer ainda estejam submetidos ao mesmo
espírito-grupo e sejam oriundos da mesma prole. No seio do psiquismo coletivo da espécie a que
pertencem, os exemplares já prenunciam um entendimento racional à parte,e em alguns até se observam
os primeiros bruxuleios do sentimento humano.
Enquanto os cães selvagens manifestam uma só índole instintiva, feroz e idêntica em toda a sua espécie
racial, os cães domésticos, sob a influência do homem, diferenciam-se de modo notável. Há desde o cão
heróico, o covarde, o valente, o flegmático e o jovial, assim como o animal ressentido, que não olvida os
maus tratos, até aquele que a dor inesquecível o faz morrer junto à sepultura do dono a quem se afeiçoou.
À medida que, na mesma espécie animal, os seus componentes vão-se distinguindo pela formação de uma
consciência individual destacada do seu espírito-grupo diretor, também a Lei Cármica que dirige o conjunto
passa a atuar com mais particularidade para lhes acelerar o progresso psíquico.
Ela os impulsiona para objetivos mais inteligentes e elevados sob a visão do homem e, quando preciso,
providencia até a transferência do animal para outros orbes, onde encontra condições mais favoráveis para
apressar a sua formação consciencial.
O que rege as espécies inferiores e coordena-lhes os movimentos evolutivos é o próprio determinismo
evolutivo, ou seja, a ação do Carma sobre os espíritos-grupo, que coordenam e dirigem as espécies
animais como uma só consciência coletiva, pois que orienta todo o conjunto ou espécie animal pela qual é
responsável, a fim de induzi-lo a agir de modo mais acertado e proveitoso.