4. Involução e evolução nos Planos da Criação 13
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Introdução ao estudo das obras de Ramatís
Mesmo sob maus tratos de seus donos humanos, sob a guante da dor e do sofrimento, os animais
domésticos apuram o seu psiquismo, e apesar de toda a amargura, também principiam a despertar os
primeiros bruxuleios ou alvorada do sentimento, ante a necessidade de melhor se adaptarem às condições
adversas, problemáticas e às surpresas da vida doméstica.
Os peixes, os mariscos e os crustáceos, por exemplo, são “corpos coletivos”, correspondentes de um só
“espírito-grupo”, que lhes dirige o instinto e lhes gera uma reação única e igual em toda a espécie. Um
peixe, fora d’água ou dentro dela, manifesta sempre a mesma reação, igual e exclusiva de todos os demais
peixes do mesmo tipo. Entre milhões de peixes iguais, não se consegue distinguir uma única reação
diferente no conjunto.
No entanto, inúmeras outras espécies de animais já revelam princípios de consciência; podem ser
domesticadas e realizar tarefas distintas entre si. O boi, o suíno, o cão, o carneiro, o cavalo, o elefante, o
camelo já revelam certo entendimento consciencial à parte, em relação às várias funções que são
chamadas a exercer.
Eles requerem cada vez mais a atenção e o auxílio do homem, a fim de se firmarem num sentimento
evolutivo para outros planetas, nos quais as suas raças poderão alcançar melhor desenvolvimento, no
comando de organismos mais adequados às suas características. Quando o seu psiquismo se credenciar
para o comando de cérebros humanos, as suas constituições psicoastrais poderão então retornar ao
planeta Terra e operar na linha evolutiva do homem terreno.
11. A DIFERENCIAÇÃO OU INDIVIDUALIZAÇÃO DA CENTELHA ESPIRITUAL EM
ESPÍRITO IMORTAL E SUA EVOLUÇÃO NO REINO HOMINAL
Deus cria incessantemente novas consciências espirituais em todos os instantes da vida cósmica, que
então se constituem em outras “centelhas” ou “chamas”, com a noção individual de existirem no oceano
de energia Divina. Após o apercebimento de si mesmas, elas iniciam a amplificação de sua consciência
através de incessante expansão psíquica, e que se sucede por todos os reinos e todas as formas dos
mundos.
É evidente que, embora se criem novos espíritos em todos os momentos da Vida Universal, Deus
permanece inalterável em Sua Essência Eterna e, sem qualquer desgaste divino, as novas centelhas ou
chamas particularizadas de Sua Luz então passam a se sentir alguém no comando de sua consciência
individual.
Sob determinado impulso íntimo criador, as partículas de Luz provenientes do Espírito
Cósmico de Deus em certo momento principiam a viver e a se configurar como núcleos de
consciências centralizadas no Universo.
O apercebimento ou a definição psíquica aumenta pelo relacionamento incessante com o próprio mundo
educativo das existências físicas, a fim de compor a sua memória perispiritual no simbolismo do espaço e
do tempo. Eis o início da jornada ininterrupta e eterna do ser espiritual, que desenvolve tanta sabedoria e
noção de existir, quantas sejam as suas experiências educativas no comando dos corpos físicos, ou na
vivência nos mundos extrafísicos, quando desencarnados.
Na forma de “centelhas”, “chamas” ou “partículas luminosas”, eternas e indestrutíveis, os homens são filhos
de Deus, que é a Inteligência Suprema do Universo, a Luz Eterna e Infinita. No âmago da consciência
individual de cada homem, portanto, Deus é o fundamento eterno e a unidade espiritual de todos os seres.
Dessa forma, o homem é um “mini-Deus”, assim como a gota d’água do mar é um mini-oceano, pois o
homem possui em si mesmo a miniatura de todos os atributos do Criador.
Ao se criar um novo espírito no seio de Deus, ele já possui em si mesmo, latente e microscosmicamente, o
conhecimento e a realidade macrocósmica do Universo. Isso acontece, porque a individualização espiritual
do homem só ocorre depois que o Psiquismo Cósmico efetua o seu completo descenso vibratório, ou seja,
a inversão do “macro” até o “microcosmo”.