5. A Lei do Carma                                                                                                                                           3 

                                                                                                                                                                         

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

 

Assim é que a Terra, movendo-se e consolidando-se sob a regência disciplinadora do seu Carma, só se 
aperfeiçoa em harmonia com o Carma da Constelação Solar a que pertence; mas esta, por sua vez, liga-se 
ao Carma de sua Galáxia, a Via Láctea, que também se submete ao Carma das demais Galáxias, 
dependentes do Carma dos Hemisférios Cósmicos. 
 
O globo terrestre está submetido ao metabolismo cármico de todo o sistema visível ou invisível do Cosmo; 
há uma rota definida e um ritmo ascensional, que o impulsionam para condições cada vez mais 
progressistas no cortejo planetário do seu sistema solar. 
 
Justamente devido à regência dessa Lei Cármica, que atua no sistema solar a que pertence a Terra, é que 
em certas épocas determinadas para a consolidação de sua massa planetária e o reajustamento de sua 
humanidade, se registram as seqüências dos “juízos finais” corretivos, conforme atualmente já está 
sucedendo como o planeta. 
 
Realmente a Terra já suportou muitos “juízos” parciais, sofrendo efeitos cármicos que reajustaram a sua 
massa e modificaram certas regiões e zonas geográficas, em perfeita concomitância com a necessária 
retificação de uma parte de sua humanidade, que, como viajeira da nave terrestre, também se encontra 
sujeita ao seu Carma planetário. 
 
Como a humanidade terrena ainda é composta de espíritos necessitados de experimentações em planetas 
primários, eles tendem a se ajustar ao campo magnético da substância terráquea, assim como o barro se 
ajusta à vontade do oleiro diligente. 
 
A Terra, como divina escola de educação espiritual, não se revolta contra o aluno que tenta reparar o curso 
perdido, embora, para isso, tenha que repetir novamente as lições atrasadas. A Terra, além de ajudar a sua 
humanidade a desenvolver o sentido direcional da consciência, contribui para que seus habitantes se livrem 
definitivamente das algemas das encarnações físicas. 
 

 
O orbe terráqueo, com as suas seduções transitórias, simboliza o mundo de César
, onde a 
alma, quanto mais se apega mais se enleia sob a disciplina implacável do seu próprio Carma. 
 

 

Em vez de lamentar o rigor e a inflexibilidade da lei Cármica, que opera no campo letárgico das formas 
terráqueas, o espírito diligente e sábio deve entregar-se a uma vida de renúncia a todos os tesouros 
transitórios da matéria 
e devotar-se incondicionalmente ao culto do amor ao próximo, a fim de mais 
cedo se transladar para o mundo angélico, que será sua definitiva morada. 
 

 

A lei do Carma não pune, mas reajusta! 

 

 
Malgrado a ação inflexível da lei do Carma sobre as almas em trânsito pelos mundos materiais pareça uma 
lei draconiana ou processo corretivo severo demais, como a da implacável lei do “olho por olho e dente por 
dente”, 
em que a causa equívoca mais diminuta também gera um efeito milimetricamente responsável, tudo 
isto se sucede sempre objetivando a felicidade do espírito e o mais breve desenvolvimento de sua 
consciência angélica. 
 
O Carma é, portanto, a lei benfeitora que indica o caminho certo ao viajante despreocupado ou teimoso, 
corrigindo-lhe os passos titubeantes e os desvios perigosos, a fim de ajustá-lo mais depressa à sua ventura 
imortal. A humanidade terrena já se encontra suficientemente esclarecida para compreender que o seu 
sofrimento decorre, em particular, das suas infrações contra a Lei que justamente opera em seu favor! 
 
Uma vez que Jesus já deixou elevados ensinamentos, que marcam o roteiro para o homem viver em 
perfeita harmonia com a Lei Cármica e que regulam o equilíbrio da vida e da ascensão angélica, jamais se 
justificam as reclamações humanas sob o pretexto de qualquer injustiça divina! Mesmo entre a humanidade 
terrena, a ignorância da Lei não é motivo para o infrator se eximir de sua responsabilidade.