5. A Lei do Carma                                                                                                                                           7 

                                                                                                                                                                         

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

 

Assim, o plano espiritual é o mais real e importante e, em seguida, o plano mental, onde o espírito 
corporifica primeiramente o seu pensamento e, sucessivamente, os planos astral da emoção e sentimento, 
o etérico da vitalidade e usina da vida física, e o carnal, que é justamente o mais inferior e transitório! 
 
Quanto o homem pratica um ato pacífico ou produtivo em favorecimento do próximo, ele apenas revela em 
público e através das diversas fases ou escalas descendentes que separam o espírito da matéria, o que 
realmente se sucedeu de modo positivo no seu mundo mental, e conseqüente repercussão na esfera do 
sentimento. 
 
Não é o ato puramente físico que lhe retrata a boa obra ou bondade interior, mas tal sentimento foi acionado 
primeiramente no campo definitivo da mente,
 isto é, da principal instrumentação do espírito imortal. 
 
Assim, a seqüência é perfeitamente científica e disciplinada num prosseguimento matemático, que opera 
gradativamente em cada plano da manifestação do espírito. A prática da mais singela virtude no mundo 
físico movimenta cientificamente leis de controle criativo em todos os planos ou campos da vida etérea, 
astral, mental, e mesmo espiritual. 
 
Tal processo lembra rudimentarmente a nuvem invisível de vapor d’água, que pouco a pouco se condensa 
sob condições adequadas de temperatura e pressão que regem os princípios da Física. Isso acontece 
desde o plano imponderável até formar a mesma nuvem que, em suspenso e pejada de líquido, daí por 
diante e pelo aumento de peso, sofre mais intensamente os efeitos gravitacionais do mundo físico, até se 
transformar na nuvem benfeitora! 
 
Sob o sol mais rutilante e o céu mais límpido e mais azul, a tempestade gera-se gradativamente, até eclodir 
impressionando os sentidos físicos do homem! Mas isso só acontece depois de obedecer às leis e aos 
princípios imperceptíveis aos sentidos humanos! 
 

 
O carma do homem funciona também sob seqüências científicas e específicas a cada caso, 
que abrangem desde a sua natureza espiritual e moral até a sua atividade física. 
 

 

Deus não patrocina nem administra propositadamente nenhuma instituição punitiva ou departamento 
específico de correção espiritual. Em verdade, toda conseqüência ou efeito desagradável, trágico, doloroso 
e infeliz do homem é sempre fruto do seu descaso aos ensinamentos e às advertências dos 
Instrutores Espirituais. 
A sua violência ou rebeldia aos princípios salutares e evolutivos decorrentes da Lei 
Maior, que regula o equilíbrio, harmonia e coesão do Cosmo, é que então produzem as conseqüências 
indesejáveis futuras. 
 
Ninguém é castigado porque “peca”, assim como ninguém é premiado porque é “virtuoso”, mas todo desvio 
do ritmo eletivo e da ascensão do ser espiritual resulta em atrito e reação retificadora da entidade imortal 
existente em cada ser. 
 
O estado de erro é vitalizado pelo consumo de energias de baixa vibração, porque são forças oriundas do 
reino animal primário e que sustentam o campo instintivo inferior! Após o gasto do combustível primário, 
então resta a fuligem aderida ao perispírito, que é resultante da movimentação dos desejos inferiores ou da 
violência mental e astral do homem! 
 
Quando o homem enxerga um terno de linho branco, convêm-lhe distanciar-se da proximidade de 
ambientes graxosos, a fim de evitar uma possível poluição; no entanto, a mesma graxa, que pode ser um 
“pecado” ou nódoa no terno de linho branco do turista, é louvável “virtude” como um símbolo de labor no 
macacão do mecânico diligente! 
 
A virtude e o pecado refletem apenas cada coisa no seu lugar certo, e cada ação visando um efeito útil no 
seu devido tempo e necessidade circunstancial. 
 
O que já foi virtude, como glória e consagração para a tribo de antropófagos, que devorava a carne do 
guerreiro vencido e valente para herdar-lhe o heroísmo, hoje é um pecado ignominioso e crime à luz da 
civilização!