5. A Lei do Carma                                                                                                                                           8 

                                                                                                                                                                         

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

 

A virtude de ontem pode ser reprovada hoje, assim como o fato do homem do presente século ainda 
devorar um frango assado, em virtude das famigeradas proteínas, há de ser um fato censurável se ocorrer 
no seio de humanidades evoluídas de outros planetas, que se alimentam exclusivamente de frutas e 
legumes. 
 
Em face dos acontecimentos dolorosos e indesejáveis que ocorrem na vida humana, os reencarnacionistas 
afirmam que as criaturas em sofrimento físico ou moral estão “pagando dívidas”, ou “sofrendo o seu carma” 
passado. 
 
Na realidade, o espírito sofre em si mesmo o efeito censurável que movimentou no passado, quando 
contrariou, violentou ou desprezou o ritmo disciplinado e criativo em que as leis menores, derivadas da Lei 
Única, governam a vida em todos os planos e campos da sua manifestação. 
 
Eis o motivo por que o Evangelho do Cristo, com seus princípios e conceitos de aperfeiçoamento do 
deusinho em miniatura que é o homem, também é a síntese “micro-organograma” da Lei Suprema do 
Macrocosmo! 
 
A Lei do Carma, que controla a “ação” e a “reação” do Cosmo, diversifica-se em leis e princípios menores
que determinam e disciplinam o movimento e a função das galáxias, constelações e orbes, de modo a 
existir o perfeito equilíbrio e harmonia universal. 
 
Em rude analogia, caso o planeta Marte se revelasse contra essa Lei, pretendendo mudar a sua trajetória 
ou decidir-se por uma vivência planetária isolada, ele sofreria de imediato o impacto vigoroso e um efeito 
catastrófico corretivo, resultante da ação da Lei Única agindo através das leis menores. 
 
Seria penas uma correção técnica sideral, jamais uma punição divina, em que a legislação cósmica apenas 
evitaria maior catástrofe, repondo no rumo certo o orbe desgarrado do equilíbrio planetário. 
 
Em sua natureza disciplinadora, a Lei do Carma evita prejuízos indevidos e deformações no progresso 
incessante nas coisas e seres, 
adotando, de imediato, as providências que se fazem carentes no sentido de 
permanecer a harmonia da manifestação criativa da vida
 
É de advertência cármica que quem se isola será isolado, quem destrói sofrerá a destruição, quem calunia 
será caluniado, quem menospreza será menosprezado, “quem com ferro fere com ferro será ferido”, “quem 
semeia ventos colhe tempestades”! 
 
É o perfeito entrosamento funcional da ação e reação equivalentes, como lei que regula o efeito à causa em 
qualquer condição de vida ou latitude do Universo. Em suma, é assim que atua o processo do “Carma” 
nessa motivação científica e independente de castigo, mas que constrange os espíritos faltosos à retificação 
compulsória.
 
 
Desde que a legislação cármica é educativae não propriamente uma resolução punitiva, mas apenas uma 
decorrência de ações científicas, esse dispositivo científico pode produzir efeitos morais corretivos
provenientes de causas morais censuráveis
 
Por exemplo, o homem que se compromete conscientemente a sustentar e amparar a esposa e seus filhos, 
pratica uma crueldade ou ato moral censurável quando os abandona, obcecado por outra paixão irregular, 
ou mergulha no vício, transformando-se num marginal improdutivo. 
 
Mas sob o cientificismo das leis criativas e disciplinadoras de cada plano de vida em ação nos diferentes 
estados energéticos, cada vez mais densos, o homem, para concretizar o ato imoral de abandonar a esposa 
e filhos, gasta energia mental, astral e etérea, consumidas nos diversos planos equivalentes, até se 
materializar no fato físico do “abandono” à família. 
 
É evidente que, antes, gera-se no espírito do homem a vontade ou decisão dele abandonar a família e, 
secundariamente, isso adquire forma e força pelo revestimento energético no corpo mental, incorporando-se 
na condição de prazer ou alívio no corpo astral dos desejos e sentimentos, para depois ser vitalizado no 
campo do duplo etérico, que é o intermediário entre o perispírito e o organismo carnal.