5. A Lei do Carma 14
.
Introdução ao estudo das obras de Ramatís
A diferença principal entre a ação do determinismo cármico planetário e o exercício do livre
arbítrio individual está em que o terrícola deve assumir a responsabilidade de todos os seus
atos, sejam bons ou maus!
O corpo material do planeta Terra representa a vestimenta exterior do seu Arcanjo Planetário, que em
espírito o alimenta desde a sua intimidade mental e astral. A sua vontade poderosa significa a própria Lei
atuando em harmonia com o carma dos demais planetas do sistema e agindo de comum acordo com o
Arcanjo Constelatório, que é o responsável pelo progresso de toda a constelação solar.
Aquilo que se poderia ser considerado um determinismo implacável, a tolher o livre arbítrio individual, é
apenas o conjunto de leis que emanam do Espírito Planetário como o crescimento harmonioso de sua
humanidade.
Quando o homem se ajustar a essas leis evolutivas e só souber operar em seu próprio benefício espiritual,
sem entrar em conflito com a coletividade, ser-lhe-á facultado o exercício do livre arbítrio de modo ilimitado.
Por enquanto, o homem terrícola não pode usufruir o direito de exercer a sua vontade absoluta, pois até nas
suas próprias relações genésicas ainda se mostra inferior aos animais, que as respeitam e praticam só nas
épocas adequadas e exclusivamente com a finalidade de procriar.
Em face do extremo egoísmo, cupidez e crueldade do atual cidadão terreno, a sua vida seria de contínua
desordem e conflito se os poderes humanos pudessem gozar impunemente do seu livre arbítrio!
Uma vez que é a irresponsabilidade do ser humano que lhe reduz o uso do livre arbítrio, este só poderá
aumentar e ser exercido de modo mais amplo à medida que o homem se libertar da escravidão das
formas e viver mais devotado ao mundo espiritual, onde a sua vontade pode ser exercida de modo
ilimitado.
O determinismo cármico da Terra, limitado pelo determinismo cármico de sua constelação solar, reduz
também o livre arbítrio e a plena ação da vontade humana.
O mundo material, com sua substância letárgica, significa o ergástulo que aprisiona o espírito, cuja natureza
essencial é a liberdade no Além. Em conseqüência, esse livre arbítrio só pode ser exercido mais
amplamente desde que a criatura também se liberte cada vez mais da substância material com compõe e
limita o corpo exterior do planeta.
À medida que o terrícola se integrar ao Cristo Planetário, que é o espírito excelso que nutre o orbe terreno,
sem dúvida também crescerá o seu livre arbítrio em relação aos demais seres e coisas, pois, angelizando-
se, o homem também será mais consciente da Verdade Eterna.
A fim de que desperte a consciência de sua individualidade, Deus lança as almas virgens na corrente da
evolução planetária dos mundos físicos; então, curtindo as lições da vida humana e sofrendo as injunções
da própria morada material, elas terminam consolidando as suas linhas demarcativas de “ser” e “existir” no
seio da própria Consciência Cósmica.
O Carma da Terra impõe à humanidade um determinismo resultante de suas próprias modificações
cármicas, decorrentes dos demais orbes do sistema solar.
Assim, os homens ficam também sujeitos às movimentações e às alterações cármicas terráqueas, e os
seus ideais, projetos e interesses individuais só podem ser realizados ou satisfeitos até onde não colidam
com os proveitos da coletividade.
A Lei Cármica, pois, na sua função de ativar o progresso do Cosmo, tanto regula e limita o movimento do
indivíduo para harmoniza-lo com a sua comunidade, como também as modificações e a estabilidade do
próprio campo planetário.