5. A Lei do Carma 19
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Introdução ao estudo das obras de Ramatís
O Cristo deve servir de barômetro, a fim de se poder conhecer qual a “pressão” do espírito da criatura em
todos os seus atos, à semelhança de uma agulha bussolar, que a guia sempre para o norte da bem-
aventurança eterna!
Só existe um caminho para a definitiva libertação das algemas cármicas nos mundos físicos: a renúncia e o
sacrifício absoluto para com os próprios algozes e detratores! E “se o teu adversário obrigar-te a andar
uma milha, vai mais uma com ele e, se te tirar a capa, larga-lhe também a túnica”, é o conceito que melhor
indica a solução desses problemas adversos do passado.
Todos os espíritos bem intencionados, que progridem tomados de novos ideais e propósitos superiores,
reconhecem que a sua libertação definitiva da carne lhe será mais breve se também se dedicarem a
proteger os seus próprios algozes do passado. Não se trata de sentimentalismos de almas privilegiadas
entre a humanidade sideral; são apenas condições naturais e comprovadas por aqueles mais
experimentados na vida espiritual.
Na verdade, muda o diapasão da ventura do ser, quando também ele se torna criador de
venturas alheias.
É a exata comprovação do ensinamento divino de Jesus, quando aconselha que “se caminhe mais uma
milha a favor do adversário” ou que, depois de “exigido o manto, também se dê a túnica”. Quando isso lhe
acontece em sua divina espontaneidade, sem quaisquer laivos de vaidade ou interesse mesmo espiritual, é
porque então Deus já flui por intermédio dele, e porque ele já reflete parte do Seu Amor Incondicional!
13. LEI CÁRMICA x EVOLUÇÃO ESPIRITUAL
Dentre os meios mais indicados para o indivíduo modificar para melhor o seu carma, o principal é o
controle de seus pensamentos, palavras e obras, pois à medida que ele reduz ou modifica para melhor o
seu Carma do passado, é certo que também cria um novo Carma para o futuro, e este ser-lhe-á tão amargo
ou venturoso de conformidade com o Carma restante, das encarnações passadas e as causas que criar no
presente.
O Carma, em seu sentido específico, registra as ações da alma desde o momento em que ela principia a
sentir-se “algo” existente dentro do seio da Divindade e, embora sem poder desprender-se do Espírito
Criador da Vida Cósmica donde proveio, já se distingue como uma consciência individual existente à parte.
A mesma Lei sábia que rege o mecanismo do Universo também se amolda e se ramifica gradativamente
para regular o movimento dos elétrons no seio dos átomos.
Os astrônomos conhecem a infalibilidade de certas leis que disciplinam o curso dos astros; os químicos
sabem quais são os fatores reagentes, exatos e indiscutíveis, que orientam a afinidade de suas
combinações costumeiras; os matemáticos reconhecem a precisão dos cálculos que geometrizam o
Universo, enquanto a humanidade já principia a compreender que o homem também é o plano matemático
do futuro anjo!
Há uma lei indesviável, uma lei cármica reguladora da causa e do efeito, que tanto transforma a bolota em
carvalho, a lagarta em libélula, como o celerado no ungido do Pai! Na verdade, uma Vontade Diretora
espraia-se por tudo e sobre todos, como um imperativo de segurança e harmonia cósmica, tendo por único
fim a Beleza e a Perfeição.
O Carma, como um ritmo submisso da Vontade Superior, é a própria pulsação do Criador
atuando em ciclos disciplinadores, desde as órbitas dos elétrons até as órbitas dos sistemas
solares.