7. O duplo etérico                                                                                                                                          

O homem, na verdade, é centelha imortal; é consciência e memória já acumuladas no tempo e no espaço, 
que age através de vários veículos ocultos no mundo invisível a vibrar nos seus planos correspondentes, 
para só depois situar-se na cápsula de carne, que é o corpo físico. 

 

Em conseqüência, o homem é composto da essência da vida cósmica e também se liga a todas as 
manifestações de vida no Universo. O corpo físico pode ser comparado a uma espécie de ímã que atrai em 
torno de si, no espaço por ele ocupado, as partículas constitutivas dos corpos mais sutis. 
 
O homem, dependendo do estágio evolutivo, dispõe de até sete corpos ou veículos autônomos de 
consciência para sua expressão nos diferentes planos de manifestação da criação divina, porém, essa 
constituição setenária é quase desconhecida no ocidente, onde essa realidade costuma ser reduzida e 
simplificada conforme a escola de iniciação ou organização religiosa em questão (ver quadro comparativo 
adiante, na próxima página). 
 
Comparando-se a classificação setenária às divisões gregas, espírita e à tradicional cristã, verifica-se que a 
divisão em dois ou três corpos é apenas simplificação de uma divisão mais detalhada, pois todas as 
classificações procuram expressar didaticamente a mesma realidade, embora a divisão setenária defina 
melhor o  “Eu Real”  e seus veículos através de cada plano de expressão da Criação Divina. 
 
Nela, qualquer que seja a classificação correspondente, o corpo físico denso, veículo de expressão da 
consciência humana encarnada no plano material, é constituído de matéria química (nos estados de 
agregação sólido, líquido e gasoso), seguido nos demais planos por outros corpos nele interpenetrados, 
ditos corpos sutis, ou seja, seus veículos de expressão nos planos hiperfísicos. 

 
1. O DUPLO ETÉRICO DO HOMEM

 

 

O duplo-etérico, por vezes designado “corpo etérico”, é um veículo intermediário, espécie de mediador 
plástico ou elemento de ligação, entre o corpo físico do homem e o seu perispírito (complexo formado pelo 
corpo astral e pelo corpo mental concreto). É um veículo já conhecido e estudado desde há muitos séculos 
pelos velhos ocultistas e iniciados hindus, egípcios, caldeus, assírios, essênios e chineses. 

 

O duplo-etérico, à semelhança de um fio elétrico, cumpre a função de mensageiro submisso, que 
transmite ao corpo o que o espírito sente no seu mundo oculto, ou seja, as emoções que a alma plasma na 
sua mente espiritual imponderável. O duplo-etérico, portanto reage e transmite ao corpo físico todas as 
sensações que primeiramente atuam por via etérea. 

                                                                                                                                                                            

.

 

Introdução ao estudo das obras de Ramatís