7. O duplo etérico                                                                                                                                          

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

 
No entanto, raros hipnotizadores sabem que durante a hipnose o duplo-etérico se afasta do corpo físico 
pela esquerda, ficando mais sensível ao contato material, e se torna tão mais hipersensível quanto mais 
profundo for o sono hipnótico
. Em tal caso, o duplo-etérico do hipnotizado se torna um prolongamento 
vital sensibilíssimo entre o perispírito, o boneco e o corpo físico, podendo registrar qualquer ação que o 
hipnotizador exerça sobre ele, mesmo à distância. 

 

Essa possibilidade de se transferir a sensibilidade do duplo-etérico do homem para o boneco provocando-
lhe ofensas à distância, explica em parte as práticas de “feitiço”, pois a experiência com o boneco, bastante 
convincente, serve para comprovar a veracidade da antiga magia, cujas práticas ignóbeis são exercidas 
através de fragmentos de cabelos, peças de roupas e fotografias, entre outros objetos de suas vítimas.  
 
Porém, se as pessoas a quem o feitiço é dirigido cultivam sentimentos nobres, estas estão resguardadas de 
serem vítimas desses fluídos magnéticos de mau caráter, visto não haver afinidade para estabelecer o 
circuito.  
 
Se as práticas tenebrosas de feitiço maligno ainda infestam a Terra, isso é culpa exclusiva da humanidade 
terrena, que ainda vive indiferente à sua evangelização, a despeito dos esforços empreendidos pelos 
espíritos benfeitores na limpeza fluídica purificadora das residências de seus pupilos. 
 

 
9. O AUTOMATISMO INSTINTIVO DO DUPLO-ETÉRICO 

 

O duplo-etérico não é um veículo consciente, pois é incapaz de atuar por si ou de modo inteligente
mesmo quando desligado do homem.  
 
Embora realize certos ajustes e tome providências defensivas, isto sucede devido ao automatismo 
instintivo e biológico do próprio organismo carnal
, pois este último, quando se move 
independentemente do comando direto do espírito imortal, revela um sentido fisiológico inteligente e 
disciplinado; por exemplo, nutrindo e reparando as células gastas ou enfermas, substituindo-as por outras, 
sadias do modo a se recuperar de todas as perdas materiais. 

 

Apesar do duplo-etérico ser desprovido de inteligência e não apresentar sensibilidade consciente, não é 
apenas um intermediário passivo entre o perispírito e o organismo carnal, porquanto reage de forma 
instintiva
 às emoções e aos pensamentos daninhos que perturbam o perispírito e depois causam efeitos 
enfermiços no corpo carnal. 

 

Mesmo sendo um corpo desprovido do atributo mental do raciocínio, o duplo-etérico é movido por um 
seguro automatismo de instinto, ou sensibilidade diretora própria do éter físico que é exalado da Terra, e 
que lhe possibilita, até certo ponto, deter a carga deletéria dos aturdimentos mentais que baixam do 
perispírito para o corpo físico; do contrário, bastaria o primeiro impacto de cólera para desintegrar o 
organismo carnal e romper sua ligação com o perispírito, resultando na desencarnação. 

 

Considerando que os pensamentos desatinados provocam emoções indisciplinadas, gerando ondas, raios 
ou dardos violentos, que depois se lançam da mente incontrolada sobre o cérebro físico através do duplo-
etérico, é claro que o sistema nervoso do homem se destrambelha sob esse mar revolto de vibrações 
antagônicas. 

 

Em seguida, perturba-se a função delicada do sistema endócrino, do linfático e do sangüíneo, podendo 
ocorrer conseqüências físicas na forma de patologias
, como o surgimento de eczemas, de apoplexia 
decorrente do derrame de sangue vertido em excesso pela cólera, de síncope cardíaca pelo frenamento 
súbito da corrente sangüínea alterada pelos impactos do ódio, ou da repressão violenta da vesícula devido 
a uma explosão de ciúme. 

 

Todas as emoções afetam o duplo-etérico na sua tarefa de medianeiro entre o perispírito e o corpo físico; 
porém, quando submetido a impactos agressivos do perispírito perturbado, o duplo-etérico baixa seu tom 
vibratório,
 impedindo que os raios emocionais que descem da consciência perispiritual afetem o corpo 
carnal, promovendo assim uma espécie de “fuga vibratória”.