7. O duplo etérico                                                                                                                                          

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Os clarividentes treinados podem verificar a grande diferença que existe entre o duplo-etérico de um 
troglodita e o de um iniciado ou espírito superior. No primeiro caso, o duplo-etérico é de aspecto sujo e 
oleoso; no segundo, é translúcido, luminoso e róseo. 
 

 

A contextura do duplo-etérico varia conforme seja o tipo biológico humano, pois ele              

será mais sutil e delicado nos seres superiores e mais denso nas criaturas primitivas. 

 

 

Durante a gestação do feto no ventre materno, processa-se uma retenção e acúmulo de éter-físico do meio 
em que o espírito se encarna, cujo éter então penetra elétron por elétron, átomo por átomo, molécula por 
molécula, na intimidade da carne em formação, modelando pouco a pouco, a figura física e etérica do 
homem, resultando dessa forma, no surgimento do duplo-etérico, indispensável para o perispírito agir na 
matéria. À medida que o espírito vai plasmando o seu corpo de carne seguindo o molde pré-existente do 
perispírito, o duplo-etérico também vai se formando pela exsudação do éter-físico e se consolidando como 
fiel intermediário das sensações físicas para o mundo oculto, e deste para a consciência física. 

 

Embora o duplo-etérico seja um veículo ou corpo provisório constituído pelo éter-físico do meio ambiente 
exsudado da Terra e que figura como mediador plástico ou elemento de ligação entre o perispírito e o corpo 
físico, ele incorpora em si toda a carga de éter-físico que o homem absorve através do alimento, da 
respiração e das emanações telúricas do orbe. 
Por isso os médiuns deveriam ter o máximo cuidado em 
evitar alimentos que possam ofender o seu duplo-etérico, pois é dele que derivam os fenômenos 
mediúnicos de natureza mais física
 (fenômenos mediúnicos de efeitos físicos). 
 
A matéria não passa de “energia condensada”, o que ficou comprovado pela própria desintegração atômica 
conseguida pela ciência moderna, transformando novamente a matéria em energia. Deste modo, o que 
parece substância sólida, absoluta, é um campo dinâmico em contínua ebulição, cuja forma é apenas uma 
aparência resultante desse fenômeno admirável do movimento vibratório. 
 

ÁTOMO FÍSICO ULTÉRRIMO

(base do éter físico) 

 

 

 

Não há estaticidade absoluta no Cosmo, uma vez que, no seio da própria matéria sólida, há  

vida dinâmica, incessante, condicionada a atingir freqüências cada vez mais altas e perfeitas. 

 

 

É assim que, na intimidade do corpo físico, o perfeito equilíbrio gravitacional das órbitas micro-eletrônicas, 
governadas pelas forças de atração e repulsão, é que lhe dá a aparência ilusória de matéria compacta. 
 
O corpo humano é apenas um aspecto ilusório de “matéria”, na qual predomina um número inconcebível de 
espaços vazios, denominados “interatômicos”, prevalecendo sobre uma quantidade microscópica de massa 
realmente absoluta, que, se totalmente comprimida, resultaria num punhado de pó compacto, que caberia 
numa caixa de fósforos! Em conseqüência, o organismo humano, na realidade, constitui um portentoso 
acumulador ou rede de energia, que a precariedade dos sentidos humanos distingue sob forma aparente 
de um corpo de carne, ou de “matéria”. Porém, a sua individualidade intrínseca e preexistente é o espírito 
eterno, cujo “habitat” adequado é o plano espiritual, onde ele utiliza os seus atributos de pensar e agir, sem 
precisar de um corpo físico. 

                                                                                                                                                                            

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís