1. Ramatís e sua obra                                                                                                                                    

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

Sobre o quadro retratando Ramatís, captado pela via mediúnica mecânica, assim se expressou o seu 
médium Hercílio Maes em depoimento, por carta, a José Fuzeira (revisor de suas primeiras obras), após tê-
lo recebido:  
 
“Recebi o retrato de Ramatís e confesso o meu assombro pela sua espantosa fidelidade. Não conheço 
Dona Dinorah, mas peço apresentar-lhe as minhas efusivas felicitações, pois, através da sua extraordinária 
mediunidade, ela conseguiu fixar Ramatís conforme, na minha infância, o vi materializado, e como ainda o 
vejo, de vez em quando, no plano Astral. É tal a similitude da expressão da sua fisionomia, exuberante de 
paz e de bondade, que, ao contemplar seu retrato, meu espírito foi tomado por uma emoção de saudade 
intensa, que me propiciou, num instante, ser transportado ao momento inesquecível da primeira vez que ele 
me apareceu. Que Jesus abençoe essa irmã pela alegria espiritual que me proporcionou!” 

 
 
5. AS FRATERNIDADES DO ESPAÇO 

 
Nos planos astralinos, os espíritos desencarnados se agrupam segundo suas afinidades morais e seu 
estado vibratório, ou seja, segundo as suas condições evolutivas, significando, para uns escravização e 
temores, e, para outros mais evoluídos, ordem, disciplina, responsabilidade, unidade de sentimentos e 
participação. 
 
Ao contrário do que ocorre nas esferas mais inferiores, há entre os seres das esferas mais elevadas 
predominância dos valores positivos da paz, da bondade, do respeito mútuo, da pureza, do idealismo, do 
amor; enfim, dos valores eternos do espírito imortal que os fazem ascender em direção a Deus. Nas regiões 
do plano Astral do planeta, zona vibratória mais próxima do plano físico dos encarnados, entidades das 
mais diversas localidades se unem, agremiando-se em verdadeiras organizações interessadas nos mais 
variados fins, seja por afinidade cármica passional e mesmo religiosa, com atuação junto aos encarnados. 
 
No astral inferior, as organizações trevosas, formadas por espíritos malévolos e ignorantes, são chefiadas 
por entidades arbitrárias, de pendores psíquicos em escala sempre degradante, buscando exercer cada vez 
mais poder e prestígio individual à base de violência, astúcia e impiedade. Já nas regiões astralinas mais 
evoluídas, os espíritos se agrupam em organizações voltadas para o Bem, que se mostram coesas, 
disciplinadas, moralizadas e idealistas, dirigidas por espíritos altamente responsáveis, que se aproximam 
dos encarnados para desempenhar atividades benéficas de auxílio, proteção, orientação pessoal e coletiva. 
 
Essas organizações de espíritos voltados para a prática do Bem, geralmente se autodenominam 
“Fraternidades”, termo utilizado para designar agrupamentos de pessoas ligadas entre si pelos mesmos 
ideais, desejos e objetivos, e que, em sua essência, significa “irmandade, amor, aproximação”, formando 
seus membros a partir de uma mesma comunidade, raça, povo ou nação. As Fraternidades do Espaço são, 
portanto, agrupamentos eventuais de espíritos desencarnados de certa evolução espiritual, que se unem 
sob um lema, uma bandeira, uma finalidade determinada, em busca de evolução ou de realizações 
espirituais, através da prática do Bem em suas mais variadas formas. 
 
As Fraternidades do Espaço têm oferecido, desde muitos anos, preciosa ajuda na execução das tarefas 
espirituais no plano terreno, e o elo mais forte e dominante dessa cooperação é o interesse pelo bem 
comum 
e a difusão dos conhecimentos e ensinamentos de cunho elevado, que promovem o reajuste 
espiritual das criaturas através de sua reforma de valores, visando sempre sua elevação espiritual; para os 
cristãos, em particular, a difusão e a exemplificação, nos campos individual e coletivo, dos ensinamentos de 
Jesus e das práticas evangélicas. 
 
Essas fraternidades não são míticas, sobrenaturais ou fruto de superstições de fanatismo religioso, mas 
grupos coesos, firmes e concretos de espíritos desencarnados, trabalhando de forma integrada, muitas 
vezes lutando contra as organizações das trevas, que já envolvem o planeta nestes dias de final de ciclo 
evolutivo, visando assegurar o predomínio do amor e da paz. 
 
As Fraternidades do Espaço desempenham papel importante na organização e funcionamento de 
organizações religiosas terrenas, concorrendo cada qual com o seu contributo espiritual, dentro de suas 
próprias especializações de trabalho, geralmente atuando na segurança espiritual, na manutenção da 
ordem, na proteção dos dirigentes e trabalhadores encarnados, na orientação dos cursos implantados e nas 
diferentes formas de atendimento ao público, somando milhares de membros que estendem suas atividades 
no Espaço, nas proximidades e nas próprias dependências das casas de reuniões de fito religioso.