1. Ramatís e sua obra                                                                                                                                    

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

6. A FRATERNIDADE DA CRUZ E DO TRIÂNGULO 

 
Ramatís, no Espaço, é líder da “Fraternidade da Cruz e do Triângulo”, comunidade sideral integrada por 
espíritos ocidentais e orientais, em trabalho mais específico sobre o território brasileiro. No século XIX, após 
significativa assembléia de altas entidades, realizada no Espaço, na região do Oriente, procedeu-se à fusão 
de duas importantes “Fraternidades” pré-existentes, que dali operavam em favor dos habitantes da Terra. 
 
Trata-se da “Fraternidade da Cruz”, com certa ação no Ocidente, que divulgava os ensinamentos de Jesus, 
e da “Fraternidade do Triângulo”, ligada à tradição iniciática e espiritual do Oriente. Após a memorável fusão 
dessas duas Fraternidades Brancas, consolidaram-se melhor as características psicológicas e o objetivo 
dos seus trabalhadores espirituais, alterando-se a denominação para a “Fraternidade da Cruz e do 
Triângulo
”, na qual Ramatís exerce atualmente a função de Secretário Geral.  
 
Seus membros, no Espaço, usam vestes brancas, com cintos e emblemas de cor azul-clara esverdeada; 
sobre o peito, trazem suspensa delicada corrente confeccionada em fina ourivesaria, na qual se ostenta um 
triângulo de suave lilás luminoso, emoldurando uma cruz lirial. É o símbolo que exalça, na figura da cruz 
alabastrina, a obra sacrificial de Jesus e, na efígie do triângulo, a mística oriental. 
 
Asseguram alguns mentores que todos os discípulos dessa Fraternidade, que se encontram reencarnados 
na Terra, são profundamente devotados às duas correntes espiritualistas: a oriental e a ocidental. Cultuam 
tanto os ensinamentos de Jesus, que foi o elo definitivo entre todos os instrutores terráqueos, quanto os 
labores de Antúlio, de Hermes, de Buda, assim como os esforços de Confúcio e de Lao-Tsé. É esse um dos 
motivos pelos quais a maioria dos simpatizantes de Ramatís, na Terra, embora profundamente devotados à 
filosofia cristã, afeiçoam-se, também, com profundo respeito, à corrente espiritualista do Oriente. 
 
Segundo Edgard Armond, os antigos fraternistas do Triângulo eram espíritos ávidos de conhecimentos 
novos e mais amplos, que pediram reencarnação em várias regiões do globo que ofereciam condições para 
valiosas experiências; mais tarde, ao se unirem aos novos companheiros da então Fraternidade da Cruz, 
constituíram a Fraternidade da Cruz e do Triângulo, cujos membros ultrapassam 5.000 almas. Encontram-
se espalhados pelo globo, razão pela qual são pouco conhecidos; muitos se dedicam ao desenvolvimento 
das forças psíquicas e morais da humanidade
 e outros estão ligados a trabalhos de atendimento no setor de 
curas espirituais
 
Da fusão das duas “Fraternidades” realizada no Espaço, surgiram extraordinários benefícios para a Terra: 
alguns mentores espirituais passaram, então, a atuar no Ocidente, incumbindo-se mesmo da orientação de 
certos trabalhos espíritas no campo mediúnico, enquanto que outros instrutores ocidentais passaram a 
atuar na Índia, no Egito, na China e em vários agrupamentos que, até então, eram exclusivamente 
supervisionados pela antiga Fraternidade do Triângulo. 
 
Os espíritos orientais ajudam agora nos labores do Ocidente, ao mesmo tempo em que os da região 
ocidental interpenetram os agrupamentos doutrinários do Oriente, do que resulta ampliar-se o sentimento de 
fraternidade entre Oriente e Ocidente, bem como aumentar-se a oportunidade de reencarnações entre 
espíritos amigos. 
 
Assim, processa-se um salutar intercâmbio de idéias e perfeita identificação de sentimentos no mesmo labor 
espiritual, embora se diferenciem os conteúdos psicológicos de cada hemisfério. Os orientais são lunares, 
meditativos, passivos e desinteressados geralmente pela fenomenologia exterior; os ocidentais, por outro 
lado, são dinâmicos, solarianos, objetivos e estudiosos dos aspectos transitórios da forma e do mundo dos 
Espíritos. 
 
O oriental e o ocidental sempre diferiram milenarmente quanto ao sentido da Vida. Enquanto a civilização 
ocidental, filha do intelecto, viveu debruçada “para fora”, no afã de conquista do Mundo das Formas, 
preocupada em “vencer na vida”, a do Oriente, nutrida de sabedoria introspectiva, filha da intuição, sempre 
soube que o propósito maior era “vencer a vida” ilusória, transcender “Maya”, para viver na Consciência 
Cósmica do Pai. 
 
Os antigos fraternistas do “Triângulo” são exímios operadores com as “correntes terapêuticas azuis”, que 
podem ser aplicadas como energia balsamizante aos sofrimentos psíquicos, cruciais, das vítimas de longas 
obsessões. As emanações azul-claras, com nuanças para o esmeralda, além do efeito balsamizante, 
dissociam certos estigmas “pré-reencarnatórios” e que se reproduzem periodicamente nos veículos etéricos.