7. O Perispírito – 1ª parte: Corpo Astral
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1º módulo: Introdução ao estudo das obras de Ramatís
Isso ocorre porque ele atua no plano astral, um campo vibratório excessivamente mais dinâmico e
fenomenicamente mais elástico do que é o plano letárgico e pesado da matéria, a ponto de considerar ter
deixado na sepultura terráquea um pesado escafandro de carne ao qual estava algemado.
Para o desencarnado existindo no plano astral, o seu espírito é tão material como o corpo físico o é
para o encarnado no mundo da matéria, e isso lhe é perfeitamente perceptível pelo sentido do tato.
Se o perispírito fosse uma dessas supostas configurações esvoaçantes etéricas, o desencarnado não
poderia, por exemplo, apoiar a sua mão em sua cintura, pois seria de crer que essa mão afundasse no seio
da imaginada massa gasosa de que deveria ser constituído, o que, em verdade, não ocorre.
Servindo-se de seu perispírito, um desencarnado move-se tão logicamente no meio astral quanto o espírito
encarnado se movimenta com naturalidade no mundo material, porque em ambos os casos cada corpo é
feito da mesma substância que constitui o meio onde atua.
Se um homem fosse feito de fumaça não poderia sentar-se numa cadeira de madeira; no entanto, sob a lei
comum da reação igual entre as substâncias iguais, ele sentar-se-ia facilmente em outra cadeira que fosse
construída de fumaça.
Portanto, desde que o solo, as coisas, os seres e tudo o que constitui o mundo astralino são feitos da
mesma substância, a vida de relações de um espírito desencarnado também decorre tão logicamente como
decorre a vida na Terra, apenas com uma diferença: a vida astral é muito mais intensa e dinâmica do que a
terrena.
Isso ocorre porque os desencarnados atuam na matéria astralina quintessenciada que, além de mais rica na
reprodução vibratória de suas emoções, ainda lhes oferece elevado padrão de beleza, dotada da pitoresca
propriedade de uma encantadora luminosidade interior.
O espírito desencarnado move-se num ambiente de matéria astralina sutil do mesmo
modo como o homem carnal se move dentro do cenário pesado do mundo terreno.
O homem, por ser portador de um corpo material, toca, apalpa ou manuseia perfeitamente a sua veste, o
seu sapato ou o seu alimento, que são feitos de substâncias materiais. Do mesmo modo, mas sob outra
modalidade vibratória, o espírito desencarnado, com o seu corpo feito de substância astral, pode sentar-se
numa cadeira astral, vestir roupa astral ou ingerir sucos de frutas astrais.
Depois de desencarnado, o homem atua pelo perispírito, que é o seu verdadeiro organismo, que tanto
preexiste ao nascimento como sobrevive após a morte do corpo físico. Como esse delicado instrumento de
relação com o ambiente astral é mais sensível às percepções do espírito, o desencarnado passa a gozar de
maior sensibilidade psíquica.
Visto que a chama espiritual (o “espírito”) é na realidade o centro da consciência individual do homem no
seio do Todo, o seu corpo físico e o seu perispírito significam tão somente os seus respectivos veículos de
atuação nos planos material e astral.
Desses dois veículos, o mais valioso e importante para a estrutura espiritual do ser é, sem dúvida, o
perispírito, porque, além de ser um organismo definitivo, é o que se liga mais intimamente à sua consciência
imortal.
Enquanto o corpo de carne é um organismo pesado e denso, que atende dificultosamente às intenções e
necessidades do espírito reencarnado, o perispírito, devido à sua contextura sutilíssima e quintessenciada,
é maravilhoso instrumento de ação no seio das energias vivíssimas do mundo astral. A sua leveza e
dinâmica permitem atender, de imediato, à mais insignificante vontade do espírito desencarnado.