7. O Perispírito – 1ª parte: Corpo Astral                                                                                                      

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1º módulo: Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

 
No entanto, conforme o grau de materialidade do espírito recém-chegado da Terra, ele exige recursos afins 
e grosseiros para atender ao seu metabolismo astral, ainda fortemente condicionado às funções também 
grosseiras do corpo físico. 
 
Durante a absorção prânica, a energia magnética do astral, processam-se no metabolismo do perispírito 
transformações químicas de natureza transcendental muito mais acentuadas do que as que se registram 
para a alimentação e sustento do corpo de carne. 
 
Os resíduos das substâncias astrais consumidas pelo perispírito também precisam ser expelidos para o 
exterior, dissolvendo-se no meio ambiente astral através de um processo denominado “emanações 
residuais”. 
 
Os espíritos mais elevados se ajustam a essa alimentação magnética, e só quando descem para as regiões 
do astral inferior é que se servem de sucos etéricos de frutas, ou mesmo de caldos de substâncias de 
essências etéricas reconfortantes. 
 
À medida que o espírito vai ascencionando para esferas mais distanciadas da matéria, os órgãos do 
perispírito vão se atrofiando pelo desuso, mas enquanto ele ainda necessita de encarnações nos mundos 
físicos, é obvio que precisa manter em atividade os órgãos do seu perispírito, que são as contrapartes 
etéricas exatas dos mesmos órgãos físicos. 
 
Quando se trata, porém, de espíritos de certa elevação, que já se habituaram com a nutrição prânica astral 
e estão entrosados na vida sutilíssima do plano mental, o seu perispírito vai se tornando obsoleto, e então 
se encaminham para o fenômeno da “segunda morte”, no plano astral, porque tais espíritos não só já se 
imunizaram contra as emoções humanas alimentadas pelos fluidos astrais do “mundo dos desejos”, como 
também estão, em definitivo, dispensados dos renascimentos na carne.  
 
Passam, então, para o plano mental concreto, que lhes é imediato, onde o espírito vive instintivamente 
tudo aquilo que criou e pensou

 

 

As matrizes originais do perispírito modelam os órgãos do corpo físico em cada nova 

encarnação,  mas  futuramente  eles  se  atrofiam  pelo  desuso no ambiente astralino. 

 

 

Só então a alimentação do espírito será exclusivamente mental e ele poderá dispensar o perispírito e 
poupar os cuidados para mantê-lo ativo, a fim de servir às futuras reencarnações. Alcançando, então, tal 
progresso, e habitando definitivamente um plano tão sutil, o espírito poderá dispensar o uso de fígado, 
estômago, intestino, rins, dentes astrais e uma infinidade de cuidados como os que os encarnados precisam 
ter com seus corpos carnais. 
 

 

O homem deve buscar ter muito equilíbrio psicofísico, porque se materializa na Crosta em 
perfeita conformidade com o produto de suas criações mentais e espirituais, passando a 
possuir um organismo físico de acordo com o zelo e cuidado dispensados ao seu molde 
perispiritual; por isso, deve sempre se manter regrado, zelando pelas energias do perispírito
. 

 

 
 

7. O CÉREBRO DO CORPO ASTRAL 

 
Entre o espírito e o corpo físico, portanto, interpõe-se o perispírito, que é o verdadeiro veículo ou elo das 
relações boas ou más que o homem estabelece com o mundo invisível. 
 
O domínio do corpo físico não se exerce por uma ação energética, produto exclusivo da matéria, nem ele é 
uma entidade estranha, controlada por processo especial e isolado do pensamento humano; a carne 
materializa em sua configuração todos os atributos e conquistas milenárias não dela, mas do perispírito, que 
é o sobrevivente absoluto de todas as transformações físicas.