7. O Perispírito – 1ª parte: Corpo Astral
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1º módulo: Introdução ao estudo das obras de Ramatís
O perispírito é um conjunto de natureza vital poderosíssima e de intensa atividade no seu plano eletivo do
mundo astral, sendo organização levíssima e de tão assombrosa plasticidade, que reage imediatamente à
mais sutil cogitação mental do espírito, por cujo motivo é extraordinariamente influenciável pela natureza
dos pensamentos bons ou maus das entidades desencarnadas.
Durante a encarnação, o perispírito “desce” vibratoriamente, a fim de aglutinar a matéria carnal do mundo
físico, mas sempre o faz com sua poderosa influência magnética e com o seu psiquismo elaborado nos
milênios findos; a seguir, submete-se às leis da vida física e sofre a ação das tendências hereditárias do
corpo de carne, malgrado os seus princípios milenários.
O organismo físico, apesar dos seus ascendentes biológicos, que parecem dar-lhe uma autonomia toda
especial e um valor exclusivo em sua linhagem hereditária carnal, é apenas o revelador objetivo da alma à
luz do ambiente do mundo material.
No período de gestação do corpo carnal, o perispírito recapitula rapidamente todas as lições vividas na
escalonada animal, e que lhe foram proporcionadas nos vários contatos anteriores com o mundo material,
para, em seguida, servindo-se da nova oportunidade da vida física, poder ampliar e consolidar as suas
próprias realizações anteriores.
O comando do espírito sobre a carne não se faz diretamente pelo cérebro físico, mas sim através do
cérebro do perispírito, que é a sua matriz etéreo-astral, o maravilhoso aparelhamento que se assemelha a
poderosa e divina usina a serviço da vida superior.
O cérebro do perispírito é o valioso órgão responsável pelo pensamento humano, desempenhando as
admiráveis funções de transmissor da vontade e da inteligência da alma, como um produtor de onda, luzes
e energia de todos os matizes, fazendo cintilar as suas altíssimas emissões desde o encéfalo até as forças
e os elementos que se agrupam na região dos lobos frontais, que será o campo avançado das atividades
do homem do futuro.
O corpo físico, embora servindo de escafandro ou de muralha de carne protetora do espírito, é no mundo
exterior o agente e o reagente dos fenômenos provindos das relações do espírito com o meio ambiente. E o
seu verdadeiro domínio, obviamente, se processa no seu mundo interno e através do controle delicadíssimo
do perispírito.
O verdadeiro controle do organismo de carne, portanto, é processado por via interna, através do perispírito,
isto é, exatamente onde tanto podem atuar os espíritos benfeitores como os malfeitores, isso dependendo,
sem dúvida, da natureza elevada ou inferior das simpatias psíquicas de cada um.
O cérebro do perispírito, embora estruturado com substância sutil, também se apresenta com os dois
hemisférios característicos e sulcados pelas circunvoluções tradicionais configuradas pelos lobos,
convenientemente separados entre as cissuras da massa encefálica. Mesmo o seu mecanismo orgânico, no
plano “etéreo-astral”, guarda grande identidade com a própria função dos centros motores, descrita nos
compêndios humanos, no tocante ao cérebro físico.
Mas a supremacia excepcional do cérebro do perispírito consiste em que, à semelhança de complexo
aparelhamento elétrico, jamais conhecido pelos olhos humanos, ela se transforma em verdadeira usina de
força radiante, controlando as mais complexas operações exercidas pelo espírito e emitindo sinais
luminosos, que variam tanto de zona para zona, como de lobo para lobo.
São bem grandes as diferenças de potencial radiante das criaturas humanas: enquanto as almas
mentalmente evoluídas emitem fulgurações luminosas nos lobos frontais, as desprovidas do conhecimento
espiritual se tingem de sombras em torno da importante região frontal.
Através de seu cérebro maravilhoso, talhado na substância astral e muito mais complexo e eficiente do que
a sua cópia física, o espírito dirige e controla o seu perispírito, harmonizando o seu funcionamento de
acordo com a qualidade dos seus pensamentos. Quando estes são elevados, realçam a luminosidade dos
centros criadores mentais, mas quando de desregramento ou irritação, submergem a fronte diáfana na
fuligem sombria das energias animalizadas.