11. Mediunidade e fenômenos mediúnicos                                                                                                 3 

                                                                                                                                                                            

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís - Estudo da mediunidade  

1.2  A PRESENÇA DE FENÔMENOS MEDIÚNICOS NAS TRADIÇÕES FOLCLÓRICAS E 

RELIGIOSAS DOS POVOS DA ANTIGUIDADE

 

 
A humanidade tem sido dirigida, desde sua origem, por leis do mundo oculto, que atuam com profunda 
influência nas criaturas, pois todas as suas histórias, lendas e narrativas de tradição milenária estão 
repletas de acontecimentos, revelações, fenômenos e manifestações extrafísica que confirmam a existência 
da mediunidade entre os homens das raças mais primitivas. A história das religiões desses povos é 
caracterizada pela presença dos chamados demônios, gênios e deuses, sempre por trás de fenômenos 
sobrenaturais, hoje entendidos como da esfera mediúnica; nada mais do que espíritos desencarnados a 
se manifestarem entre os chamados “vivos”, através da faculdade da mediunidade em seus múltiplos 
aspectos. 
 

 

Qualquer tribo, clã, raça ou povo ou mesmo civilização, do presente ou do passado, ainda conserva em seu 
folclore a tradição vivida por magos, fadas, gnomos, duendes, silfos, bruxas, ondinas, nereidas, 
salamandras, ou seres exóticos, que se divertiam no mundo invisível, tanto ajudando quanto hostilizando a 
vida dos homens encarnados. 
 
As civilizações do passado, com as da Atlântida, Lemúria, China, Índia, Hebréia, Egito, Persa, Caldéia, 
Cartago, Assíria, Babilônia, Grécia, Germânia, Escandinávia ou da Arábia, comprovam, pela história, pelas 
lendas e pelo seu folclore, que os fenômenos mediúnicos surgiram em todos os recantos do orbe terráqueo 
quase ao mesmo tempo e sem privilégios especiais, manifestando-se igualmente em todos os 
agrupamentos humanos.  Por exemplo, versão suméria do Dilúvio conta que, cheios de inveja do homem, 
os deuses resolveram destruir completamente a raça dos mortais, afogando-os impiedosamente. Um deles, 
no entanto, revelou o segredo a um habitante da Terra, seu favorito, ensinando-lhe a construir uma arca 
para a sua salvação e da sua espécie quando da inundação, que imperou durante sete dias seguidos até 
que toda a superfície ficou coberta pela água. 
 

       

 

 
Finalmente, quando o turbilhão sossegou e as águas baixaram, o homem favorito e seus irmãos saíram da 
arca e ofereceram um sacrifício aos deuses em ação de graças. Esfomeados, devido à longa privação dos 
alimentos, os deuses “aspiraram o doce cheiro e se juntaram como moscas sobre o sacrifício”, segundo a 
narrativa, decidindo nunca mais tentarem a destruição do homem, revelando assim se tratarem de espíritos 
desencarnados, ávidos das emanações etéricas do animal sacrificado, num processo atualmente 
designado por “vampirismo”. 
 
Os fenômenos mediúnicos são comuns a todas as raças terrícolas. A fenomenologia mediúnica tem sido 
acontecimento comprovado por todos os povos e civilizações e ficou evidenciada até mesmo nos objetos e 
nos propósitos guerreiros desses povos primitivos, tendo-os influenciado seriamente, embora velada pelo 
simbolismo das tradições lendárias. Comprova-se isto pela sua história, lendas ou pelo seu folclore. 
 
Os escandinavos, principalmente os “vikings”, narram seus encontros com bruxas, sereias e entidades 
fascinadoras, que surgiam das brumas misteriosas, perseguindo-os durante as noites de lua cheia. As 
histórias e as lendas musicadas por Wagner em suas peças sinfônicas ou óperas magistrais, confirmam o 
espírito de religiosidade e a crença no mundo invisível por parte dos povos germânicos e anglo-saxãos.