11. Mediunidade e fenômenos mediúnicos                                                                                                 6 

                                                                                                                                                                            

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís - Estudo da mediunidade  

Em conseqüência, desde a antiguidade das civilizações existiram homens poderosos que desenvolveram 
suas forças ocultas e as empregaram na magia branca, a serviço do próximo, enquanto os malfeitores 
praticaram a magia negra visando aos seus exclusivos interesses e domínio nefandos. Para evitar que 
esses conhecimentos ocultos fossem franqueados a criaturas mal intencionadas ou despreparadas, que 
deles fariam mau uso, eles foram revestidos de símbolos e alegorias inofensivas, e ocultos na liturgia e 
alegoria religiosas. 
 

 

Todas as grandes religiões do passado tiveram, portanto, duas faces: uma aparente, a “forma ou a letra”, e 
outra oculta, encerrando o seu “espírito”. O Bramanismo na Índia, o Hermetismo no Egito, o Politeísmo na 
Grécia, e o próprio Cristianismo em suas origens apresentaram esse duplo aspecto. Seus adeptos eram 
escolhidos, preparados desde a infância para a carreira que deveriam preencher e depois eram 
gradualmente levados à plenitude intelectual, de onde podiam dominar e julgar a vida. Os princípios da 
ciência secreta lhes eram comunicados na proporção relativa ao desenvolvimento de suas inteligências e 
qualidades morais
 
O processo de iniciação, no lado oculto das religiões antigas, constituía para os seus adeptos uma 
refundição completa do caráter e um acordar das faculdades latentes da alma, entre as quais se destacava 
a mediunidade. 
 

 
Somente quando tinha conseguido extinguir em si próprio o fogo das paixões, suprimir os 
desejos impuros e orientar os impulsos do seu ser para o Bem e para o Belo, é que o adepto 
podia participar dos grandes mistérios, passando então a obter certos poderes sobre as 
forças da natureza e a se comunicar com as potências ocultas do Universo. 
 

 
Os iniciados passavam então a conhecer os segredos das forças fluídicas e magnéticas, pois que a ciência 
oriental dos santuários havia explorado o domínio dos fenômenos do sonambulismo e da sugestão.  
 

         

 

 
Neles encontravam meios de ação incompreensíveis para o vulgo, mas facilmente hoje explicáveis pelo 
Espiritismo, pois nada havia de sobrenatural nesse mundo oculto, conhecido dos antigos e regido por leis 
exatas e que, justamente ao contrário, constituíam uma manifestação das forças sutis, face então 
ignorada da Natureza.