11. Mediunidade e fenômenos mediúnicos                                                                                                 17 

                                                                                                                                                                            

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís - Estudo da mediunidade  

Algumas obras psicografadas por médiuns ajuizados e competentes já revelaram com mais nitidez o porte 
exato de Jesus, naquela época, e o distanciam das obras milagrosas e das contradições psicológicas no 
seu tipo espiritual, quando a história religiosa lhe atribui a função de mago de feira deslumbrando multidões 
no cenário bíblico da milenária Judéia. 
 
Os espíritos de responsabilidade, em suas comunicações mediúnicas, isentam cada vez mais o Mestre das 
prendas tolas com que o adornou a ignorância humana, assim como desfazem o mito religioso do seu 
nascimento contrário às leis respeitáveis da genética humana. 
 

 

Em verdade,  o Santo Espírito ou o Consolador prometido  é o  “conjunto” dos espíritos sábios, 

benfazejos e angélicos que, através dos médiuns, ensinam aos homens as coisas que só o atual 

progresso da mente humana permite avaliar e conhecer. 

 

 

 

4. MEDIUNIDADE E CIÊNCIA 

 
Os fenômenos mediúnicos já se generalizam de tal forma, no século atual, que se manifestam tanto aos 
homens que os desejam ou procuram, como entre aqueles que os detestam ou os temem, acreditando 
serem manifestações diabólicas. Malgrado o prestígio da Ciência acadêmica no mundo atual, os cientistas 
terrenos já não podem fugir à contingência imperiosa de estudarem a mediunidade, cada vez mais atuante 
no seio da humanidade terrena. 
  
Em países mais cultos, se efetuam pesquisas e estudos sérios no gênero, embora ainda sob o rótulo de 
“parapsicologia”, nomenclatura que atende aos superficialismos da vaidade acadêmica. O cientista, no 
entanto, só em raros casos se acha liberto da prerrogativa religiosa ou do preconceito acadêmico, 
geralmente desinteressado de submeter o fenômeno mediúnico ao estudo das faculdades superiores. Mas 
a verdade é que a ciência do mundo não poderá fugir a sua própria missão de sanear a prática da 
fenomenologia mediúnica no futuro, quando os laboratórios também ajudarão a selecionar os médiuns 
verdadeiros dos charlatões, dos histéricos, mercenários ou enfermiços que, por vezes, militam no 
espiritismo sem possuir as credenciais exigidas para a tarefa. 
 
Considerando-se que o Criador permanece integrado em toda a Sua Obra, é evidente que Ele também 
opera através da ciência do mundo material, como um dos recursos benfeitores para a mais breve felicidade 
de seus filhos. E quando o fenômeno mediúnico se impuser definitivamente à ciência profana, os médiuns 
também se livrarão da tradicional excomunhão dos próprios sacerdotes que, irritados pela mensagem 
sensata do Espiritismo, ainda confundem o século atual com a época sombria da Inquisição, quando 
queimavam ciganos, bruxos e esoteristas à guisa de afilhados do demônio! 
 
 

5. NATUREZA DA FACULDADE MEDIÚNICA 

 
A mediunidade é um patrimônio do espírito: é faculdade que se engrandece em sua percepção psíquica, 
tanto quanto evolui e se moraliza o espírito do homem. A sua origem é essencialmente espiritual e não 
material. Ela não provém do metabolismo do sistema nervoso, como alegam alguns cientistas terrenos, mas 
enraíza-se na própria alma, onde a mente, à semelhança de eficiente usina, organiza e se responsabiliza 
por todos os fenômenos da vida orgânica, que se iniciam no berço físico e terminam no túmulo. 
 
A mediunidade é faculdade extraterrena e intrinsecamente espiritual; em sua manifestação no campo de 
força da vida material, ela pode se tornar o elemento receptivo das energias sublimes e construtivas 
provindas das altas esferas da vida Angélica. Quando é bem aplicada, transforma-se no serviço legítimo da 
angelitude, operando em favor do progresso humano. No entanto, como recurso que faculta o intercâmbio 
entre os “vivos” da Terra e os “mortos” do Além, também pode servir como ponte de ligação para os 
espíritos das sombras atuarem com mais êxito sobre o mundo material. 
 
Muitos médiuns que abusam de sua faculdade mediúnica e se entregam a um serviço mercenário em favor 
exclusivo dos seus interesses particulares, não demoram em se ligar imprudentemente às entidades 
malfeitoras dos planos inferiores, de cuja companhia dificilmente depois eles conseguem se libertar.