11. Mediunidade e fenômenos mediúnicos                                                                                                 18 

                                                                                                                                                                            

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís - Estudo da mediunidade  

 

A  mediunidade  não é apenas um fenômeno orgânico,  fruto da carne transitória,  nem provém de 
qualquer sensibilidade ou anomalia do sistema nervoso; é manifestação característica do espírito 

imortal. 

 
 

É percepção espiritual ou sensibilidade psíquica, cuja totalidade varia de indivíduo para indivíduo, pois, em 
essência, ela depende também do tipo psíquico ou do grau espiritual do ser. Embora os homens se 
originem da mesma fonte criadora, que é Deus, eles diferenciam-se entre si porque são consciências 
individualizadas no Cosmo, conservando as características particulares que variam conforme a sua maior 
ou menor idade sideral. Há um tom espiritual próprio e específico em cada alma, e que se manifesta por 
uma tonalidade particular durante a manifestação mediúnica. 
 
 

6. A GENERALIDADE ATUAL DO FENÔMENO MEDIÚNICO

 

 
A mediunidade atualmente generaliza-se e recrudesce entre os homens de modo ostensivo e tal fenômeno 
resulta da hipersensibilidade psíquica que presentemente sobressai entre as criaturas, em concomitância 
com o “fim de tempos” ou “juízo final”, tanta vezes já profetizado. Os tempos atuais são o remate final da 
“Era da Matéria”, que até o momento tem sido regida pela belicosidade, cobiça, astúcia, cólera, egoísmo e 
crueldade, paixões mais próprias do instinto animal predominando sobre a centelha espiritual. 
 
A humanidade se encontra no limiar da “Era do Espírito”, em que se sentirá impulsionada para o estudo e 
o cultivo dos bens da vida eterna, com acentuado desejo de solucionar os problemas de origem espiritual, 
quando então as comprovações científicas da imortalidade da alma, através do progresso da fenomenologia 
mediúnica, reduzirão bastante a fanática veneração do homem pela existência transitória do corpo físico. 
Assim como o organismo carnal do homem em certo tempo verticalizou-se para servi-lo em nível biológico 
superior, o seu espírito também há de se erguer da horizontalidade dos fenômenos e dos interesses 
prosaicos da vida física provisória, para atuar definitivamente na freqüência vibratória do mundo Crístico. 
 
Na época profética que atualmente vive, sob a emersão coletiva do instinto animal simbolizado na “Besta do 
Apocalipse”, que tenta subverter o espírito do homem ainda escravo das formas terrenas, a humanidade 
pressente que já chegou a sua hora angustiosa de seleção espiritual e consolidação planetária, em que a 
criatura terá de se decidir definitivamente para a “direita” ou para a “esquerda” do Cristo, conforme reza a 
profecia, pois serão separados os lobos das ovelhas e o joio do trigo. 
 
O magnetismo do ser humano freme à periferia do seu psiquismo exaltado pela energia animal, a qual 
emerge em sua desesperada tentativa de subverter os costumes, as tradições e a disciplina do espírito 
imortal. Os homens se encontram confusos no limiar de duas épocas extremamente antagônicas, pois, 
justamente com o reiterado apelo do Alto para a Cristificação humana, recrudesce também a 
efervescência do automatismo instintivo da vida animal.
 
 
Os hospitais estão abarrotados de criaturas alienadas ou obsediadas, que provêm desde as favelas até as 
altas esferas sociais, cuja maioria é torturada pelas crises financeiras ou morais. Nessa miséria espiritual, 
abrangendo tanto os ateus como os seres egressos das mais variadas doutrinas e religiões, fica 
comprovado que o sacerdócio organizado das religiões oficiais realmente fracassou em sua missão 
salvadora. O pior é que, durante essa eclosão incontrolável do instinto inferior, os espíritos desencarnados e 
malfeitores firmam o seu alicerce na carne e executam também o seu programa diabólico contra os 
terrícolas que, tolamente, são apáticos aos sublimes ensinamento salvadores do Cristo-Jesus. 
 
Atuado pelas mais contraditórias circunstâncias, vivendo em minutos o que os seus antepassados não 
viveram em alguns anos, o homem do presente século acaba por destrambelhar os seus nervos 
superexcitar o seu psiquismo, perdendo terreno no seu controle espiritual e tornando-se um instrumento 
dócil nas mãos dos espíritos desencarnados malévolos. 
 
Essa constante relação dos “vivos” com os “mortos”, embora os primeiros sejam inconscientes do que 
acontece, termina por sensibilizar cada vez mais a criatura humana, com o agravante de que se efetua nela 
um verdadeiro desenvolvimento mediúnico de qualidade inferior. Daí, pois, a necessidade inadiável de o 
homem prudente e bem intencionado integrar-se definitivamente nos preceitos salvadores do Cristo e vivê-
los incessantemente à luz do dia.