11. Mediunidade e fenômenos mediúnicos                                                                                                 19 

                                                                                                                                                                            

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Introdução ao estudo das obras de Ramatís - Estudo da mediunidade  

O próprio progresso científico atual também contribui para essa hipersensibilização humana, em que o 
homem cada vez mais se sintoniza com as forças do mundo oculto. O cientificismo avançado dos tempos 
atuais, as pesquisas corajosas dos velhos “tabus” e segredos da mente humana, sem dúvida são 
importantes contribuições que não só aceleram a dinâmica de pensar e aumentam a área da consciência, 
como também sensibilizam a emotividade do ser. 
 

 

O homem,  atualmente,  vive em algumas horas,  e de modo simultâneo,  os raciocínios,  as 

conjecturas e as mutações mentais e emotivas que os seus antepassados não chegavam a 

experimentar em dezenas de anos. 

 

 
O cidadão atual defronta e resiste obrigatoriamente a uma multiplicidade de fenômenos “psicofísicos” tão 
eqüidistantes em suas manifestações variadas, que isso seria suficiente para endoidecer a maioria dos 
habitantes terrenos de alguns séculos atrás. 
 
Cresce assim a sensibilidade psíquica entre os homens terrícolas; acentua-se-lhes a eclosão da 
mediunidade em comum, porque também vivem sob o incessante acicate dos espíritos desencarnados, que 
assim exploram essa oportunidade cada vez mais favorável para agirem sobre a matéria. 
 
O próprio Jesus preconizou a vinda do “Consolador” a derramar-se pela carne de todos os homens e 
facultando a profecia e o dom de curar às crianças, aos moços e velhos, focalizando assim o advento da 
mediunidade generalizada. O Mestre previu que, no decorrer do século atual, a humanidade estaria cada 
vez mais neurótica, aflita e desesperada, ante a emersão do instinto animal inferior tentando romper o temor 
religioso e as convenções sociais do mundo. Por isso, João Evangelista profetizara que “no fim dos tempos” 
a Besta do Apocalipse tentaria o seu domínio sobre os homens pela prática das sensações inferiores, 
sedução do luxo e da fortuna! 
 
Em verdade, cresce a perturbação no seio da humanidade terrícola, pois foram abertas as comportas do 
astral inferior e descem para a carne a multiplicidade de espíritos trevosos, que viviam estagnados no caldo 
de cultura dos pântanos infernais. Assim, aumenta a fauna dos desregrados, rebeldes, viciados, tiranos, 
perversos e inescrupulosos, revelando taras estranhas e cometendo crimes aviltantes! Segundo o Livro da 
Apocalipse, “Satanás seria solto depois de mil anos, e teria pouco tempo para agir”, pois Satanás, na 
verdade, é o símbolo da escória espiritual atuando sobre a face do orbe. 
 
Indiscutivelmente, confirmam-se os vaticínios de Jesus, de que no “fim dos tempos” os velhos, os moços e 
as crianças teriam visões, ouviriam vozes estranhas e profetizariam, isso logo em seguida ao advento do 
Espírito de Verdade. 
 

 

O Mestre indicou claramente os tempos atuais, quando predisse os acontecimentos materiais 

incomuns dos dias de hoje e a eclosão simultânea da mediunidade se generalizando entre os 

homens,  simbolizando o  “Consolador”  prometido a se  derramar  pela  carne  das  criaturas. 

 

 
A mediunidade, portanto, é um recurso de emergência, espécie de “óleo canforado” para erguer a vitalidade 
espiritual do terrícola e mantê-lo desperto para a severa argüição do Juízo Final. 
 
 

7. EVOLUÇÃO DA MEDIUNIDADE

 

 
A mediunidade evolui tanto quanto evolui o psiquismo do homem, pois ela é correlata com seu progresso e 
a sua evolução espiritual, mas é necessário distinguir que o padrão evolutivo da mediunidade não deve ser 
aferido pela produção mais ostensiva dos fenômenos incomuns do mundo material. 
 
Assim é que o médium de fenômenos físicos, embora possa produzir uma fenomenologia espetacular e 
surpreendente aos sentidos carnais, nem por isso se sobrepõe ao médium altamente intuitivo, como fruto de 
elevado grau espiritual do homem.