11. Mediunidade e fenômenos mediúnicos                                                                                                 23 

                                                                                                                                                                            

.

 

Introdução ao estudo das obras de Ramatís - Estudo da mediunidade  

Isso o ajudava a se imunizar contra a investida de entidades inferiores, carnívoras, viciadas, luxuriosas e 
alcoólatras, que desistiam de agir sobre quem não lhes daria o mínimo prazer ou gozo sensual na prática 
desregrada. 
 
É certo que a maioria dos médiuns espíritas ingere álcool, fuma, empanturra-se nas mesas carnívoras, 
discute, irrita-se e acende desejos lúbricos ante o primeiro corpo feminino ondulante! Isso os torna mais 
vulneráveis às penetrações do astral inferior e justifica, em parte, o temor e a crítica dos teosofistas. 
 
Embora louvando as considerações prudentes dos teosofistas e outras escolas espiritualistas sobre os 
perigos de mediunidade, convém distinguir-se a época atual comparada ao tempo das confrarias ocultas e 
da rigorosa exigência nas práticas espirituais. 
 

 

Não é o desenvolvimento  mediúnico  ao gênero kardecista ou umbandista o que realmente 
pode trazer perigo ao homem! Indubitavelmente, se Jesus de Nazaré ou Francisco de Assis 

tentassem o desenvolvimento mediúnico, só poderiam transmitir comunicações angélicas! 

 

 

O próprio Allan Kardec, em suas obras, advertiu que o êxito do intercâmbio mediúnico reside principalmente 
nas condições espirituais dos médiuns, resultando êxitos ou prejuízos, de acordo com a intenção e a sua 
pose moral. Assim, os médiuns ficam mais desprotegidos e suscetíveis à influência oculta dos 
desencarnados quando se despreocupam da higiene física, moral e espiritual. 
 
Malgrado o julgamento exagerado dos teosofistas contra a prática mediúnica, alguns deles têm encontrado 
em suas famílias dolorosos problemas de obsessões e vinganças do mundo invisível, independentemente 
de qualquer intercâmbio propositado com o mundo oculto. E muitos deles só puderam solucionar tais 
problemas aflitivos através de trabalhos espíritas de tratamentos desobsessivos, falhando as invocações 
aos mestres e os recursos intelectuais da Loja Teosófica.Não se olvide que Jesus permaneceu trinta e três 
anos na crosta terráquea, em permanente contato com o mundo oculto, e, no entanto, jamais algo lhe 
contaminou a alma sublime! 
 
Os teosofistas alegam que o homem pode lograr a sua redenção espiritual dispensando a prática da 
mediunidade. Contudo, a humanidade só poderia dispensar o complexo processo da mediunidade, 
desenvolvida com espíritos sofredores e rebeldes, que às vezes conturbam, desde que cumprisse 
integralmente os ensinamentos ministrados em todas as latitudes geográficas por instrutores espirituais 
como Hermes, Orfeu, Moisés, Krishna, Zoroastro, Fo-Hi, Confúcio, Buda ou Jesus! Então a humanidade 
desenvolveria a sua mediunidade somente no plano da Intuição Pura, tal qual acontecia a Jesus, que podia 
conversar com os anjos, embora o seu espírito estivesse enclausurado na carne! 
 

 
Fontes bibliográficas: 

 
1.   Maes, Hercílio. Mediunismo – Obra mediúnica ditada pelo espírito Ramatís. 5 ed. Rio de Janeiro: 

Freitas Bastos, 1987, 244p. 

 
2.   Maes, Hercílio. Mediunidade de Cura – Obra mediúnica ditada pelo espírito Ramatís. 7 ed. Rio de 

Janeiro: Freitas Bastos, 1989, 240p. 

 
3.   Maes, Hercílio. Missão do Espiritismo – Obra mediúnica ditada pelo espírito Ramatís. 5 ed. S. Paulo: 

Freitas Bastos, 1988, 225p. 

 
4.   Burns, Edward Mc Nall. História da Civilização Ocidental. 2 ed. Porto Alegre: Globo, 1970. v I. 581p. 
 
5.   Armond, Edgard. Mediunidade - seus aspectos, desenvolvimento e utilização. 28 ed. São Paulo: 

Aliança, 1992. 295p. 

 
6.    Delanne, Gabriel. O Fenômeno Espírita. 6 ed. Brasília: FEB, 1992. 227p. 
 
7.    Denis, Leon. Depois da Morte. 18 ed. Brasília: FEB, 1994. 329p.