12. Mediunidade natural e a de prova                                                                                                           

                                                                                                                                                                         .

 

1º módulo: Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

Na figura anterior, as linhas A e B correspondem à perpendicular que passa entre os supercílios do corpo 
humano e o divide em duas metades, passando entre os pés. As linhas 1 e 2 (tracejada) correspondem à 
mesma perpendicular desviada à esquerda, sobre a altura do baço, o que o “abre” à mediunidade 
prematura, pois o perispírito e o duplo etérico ficam algo desviados à esquerda do corpo físico, como 
janelas vivas entreabertas para o Além. 

 

 
Os médiuns de prova, principalmente os de fenômenos físicos, apresentam desviada para a 
esquerda de seu corpo, em diagonal, a linha magnética perpendicular que desce do alto da 
cabeça, passa pelo umbigo e cruza entre os seus pés, atravessando assim a zona do baço. 
 

 

O perispírito, com esse desvio magnético inclinado alguns graus à sua esquerda, cuja linha, que deveria 
cruzar-lhe os supercílios, atravessa-lhe o olho esquerdo, fincando-lhe entre os pés, termina por também 
modelar no útero feminino, durante a gestação do corpo físico, um duplo-etérico com esse mesmo desvio à 
esquerda. Portanto durante o nascimento e o crescimento do homem com a prova de mediunidade, também 
se modela o seu duplo-etérico obedecendo à mesma inclinação da linha magnética do perispírito, que fica 
assim algo deslocado à altura do baço físico e do chacra esplênico, facilitando-lhe o transe mediúnico do 
modo mais freqüente. 

 

Dessa forma, em obediência às linhas de forças que lhe determinam o desvio à esquerda de seu corpo 
físico, o duplo etérico se transforma em janela viva constantemente aberta para o mundo oculto, pondo o 
homem em contato mais íntimo com os fenômenos extraterrenos, o que lhe confere a condição de um 
médium, ou seja, aquele indivíduo que pressente e ausculta a vida invisível mediante fenômenos 
incomuns
 (“médium de prova”). No entanto, a dupla inclinação do perispírito e do duplo etérico, que faculta 
a mediunidade de efeitos físicos, a psicografia mecânica ou a incorporação completa, 
nada tem a haver 
com as faculdades espirituais inatas no homem superior, como o poder da Intuição Pura ou a Clarividência 
Espiritual, cujas qualidades sublimes dependem fundamentalmente da formação moral e do grau sidéreo 
da alma 
(“médium natural”),em vez de uma simples intervenção técnica extemporânea. 
 
Os médiuns, em geral, são mais sensíveis que o homem comum, pois se mostram nervosos e doentios, 
facilmente afetados pelos fenômenos materiais do meio onde vivem, e pelas reações morais, emotivas e 
mentais dos demais seres que os cercam no mundo. Eles vivem superexcitados pelas preocupações mais 
comuns, enquanto as coisas mais simples se avolumam e os afligem, devido a sua mente hipersensível 
ao contato mais freqüente do seu duplo etérico com o mundo oculto

 

O desvio parcial do duplo etérico e do perispírito, que é bem mais acentuado nos médiuns de efeitos 
físicos do que nos outros medianeiros
, é responsável por mantê-los em sintonia freqüente com a 
humanidade desencarnada e por fazê-los sofrer a influência dos sentimentos e das emoções boas ou más, 
projetadas do plano astral pelos espíritos desencarnados. 
 
Essa porta etérica aberta para o Além, devido ao desvio da linha perispiritual magnética, torna o médium de 
prova um ser hipersensível em contato mais demorado com os fenômenos do mundo oculto, mas lhe é 
também, uma faca de dois gumes, pois poderá arriscá-lo ao fracasso espiritual na vida física por 
imprudência, caso falseie em seus costumes, se devote às paixões violentas e cultive vícios 
degradantes
. Portanto, os médiuns de prova necessitam de constante vigilância de seus atos no mundo 
físico, pois as entidades malfeitoras do Invisível os espreitam a todo o momento através desta porta 
psíquica vulnerável.  
 
Raros médiuns de fenômenos físicos puderam atingir o final de sua existência terrena de modo lisonjeiro, 
pois, em geral, os maquiavélicos das sombras conseguiram perturbar-lhes o mandato sideral, explorando-
lhes o orgulho, a vaidade, a cupidez, despertando-lhes interesses mercenários na especulação censurável 
de sua mediunidade. 

 

Infelizmente os médiuns de prova são criaturas que vivem a atual existência humana onerados por grandes 
responsabilidades ou delitos do passado e por isso, em face de qualquer descuido ou invigilância espiritual, 
eles se tornam vulneráveis às investidas perniciosas do mundo invisível, pois os de efeitos físicos, com 
raras exceções e devido à expulsão violenta do seu duplo etérico, entram em transe à semelhança de 
ataques epilépticos ou dos viciados em entorpecentes.