12. Mediunidade natural e a de prova                                                                                                           

                                                                                                                                                                         .

 

1º módulo: Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

 
O médium deve observar uma vigilância constante nas suas emoções, pensamentos e atos, 
sendo aconselhado que fuja das paixões e dos vícios lesivos, caso deseje resistir à vontade 
subvertida, as desmedidas ambições e aos projetos sinistros dos espíritos malévolos e 
mistificadores. 
 

 

Quando o médium de prova faz uso indiscriminado de anestésicos, entorpecentes, fumo, álcool e carne, 
essas substâncias tóxicas expulsam com violência do duplo etérico do corpo físico; se ele se entrega 
desbragadamente às paixões violentas, aos vícios e aos prazeres condenáveis, então se isola 
imprudentemente dos próprios guias responsáveis pela sua segurança mediúnica no mundo terreno. 

 

Somente as criaturas de elevada estrutura espiritual, durante a sua existência heróica, mostram-se médiuns 
poderosos, e se colocam em freqüente contato com as entidades desencarnadas, sem correrem o risco de 
serem vítimas do poderio e da fascinação das Trevas. 

 

Os médiuns regrados, serviçais e magnânimos, alcançam o seu transe mediúnico sob a assistência dos 
espíritos técnicos benfeitores que os protegem a partir do mundo oculto e os livram das interferências 
nocivas e consequências espirituais. Sob esse controle espiritual amigo, o médium afasta ou retoma o seu 
duplo-etérico sem o desperdício inútil de energias, uma vez que fica amparado contra a investida do astral 
inferior, protegendo-se, dessa forma, contra a infiltração de microorganismos perigosos à sua contextura 
etéreo-física (seu duplo etérico) e de uma desvitalização que lhe abale a saúde física. 
 

 

2.3 PERCALÇOS NO EXERCÍCIO DA MEDIUNIDADE DE PROVA 

 
O aguçamento imaturo, muitas vezes leva o espírito em prova a desenganos, malogros e rebeldias, tal qual 
o jogador de xadrez que, após muitos lances frustrados, vacila em mover no tabuleiro a peça de menor 
importância. 
 
Tratando-se de faculdade prematura e ainda provisória, que exige árduo e sacrificial exercício no seio das 
atividades terrenas, o médium sem a acuidade espiritual espontânea, que orienta facilmente o indivíduo 
entre os problemas confusos da vida, quase sempre só conclui o seu programa mediúnico depois de muitos 
tropeços verificados nos atalhos falsos, que são trilhados à guisa de caminho certo. 
 

 
Só a perseverança, o bom ânimo, a tenacidade, o estudo incessante, o combate impiedoso 
contra as paixões da animalidade inferior e a integração definitiva ao Evangelho de Cristo é 
que, realmente, podem assegurar o êxito mediúnico. 
 

 

 

3. CONVERSÃO DA MEDIUNIDADE DE PROVA EM MEDIUNIDADE NATURAL 

 

 

Embora seja agraciado prematuramente com um sentido psíquico mais avançado e ao qual ainda não fazia 
jus, o médium sinceramente devotado à sua definitiva recuperação espiritual no serviço mediúnico sacrificial 
poderá transformar em uma faculdade “natural” aquilo que lhe era somente uma faculdade de “prova”.  
Evidentemente, isso é difícil, mas não impossível, pois alguns raros médiuns lograram alcançar a graça da 
faculdade mediúnica natural, pela graça da faculdade de prova. 
 
Não é impossível que o médium de prova, integrado absolutamente no serviço mediúnico sob a égide de 
Jesus, venha a depurar-se de tal modo que, ao desencarnar, já esteja gozando, em grande parte, da 
sublime mediunidade natural, que é na realidade a verdadeira mediunidade espiritual.  
 
No entanto, é necessário compreender que não existe uma linha demarcatória específica entre a 
mediunidade de prova e a mediunidade natural, pois, sendo o médium um espírito encarnado, há momentos 
em que, por força de alguma virtude já bastante desenvolvida, ele também logra ser o instrumento excelso 
da revelação superior, do mesmo modo como alguns homens experimentam, parcialmente e de modo 
fugaz, o inefável estado de espírito que é o êxtase.