13. Responsabilidade e riscos da mediunidade                                                                                         

                                                                                                                                                                         .

 

Introdução ao estudo das obras de Ramatís: Estudo da mediunidade 

Entretanto, no caso da mediunidade de prova, isto é, de uma “concessão” provisória, feita pela 
Administração Sideral, como decorrência de uma hipersensibilidade prematura, despertada 
excepcionalmente pelos técnicos do mundo astral com o fito de favorecer aos espíritos muito endividados, o 
seu despertamento é, em geral, sujeito a várias circunstâncias desagradáveis
 
Durante o período de florescimento da mediunidade, a maior ou menor perturbação psíquica ou orgânica do 
médium também depende muitíssimo do tipo de suas amizades espirituais e do seu modo de vida no 
mundo material
. As alegrias, os sofrimentos ou as tristezas que o tomam de súbito também decorrem do 
tipo das aproximações do invisível, que se sintonizam perfeitamente aos seus pensamentos e 
sentimentos manifestos. 
 
A tarefa mediúnica não compreende somente a função mecânica de o médium transmitir as comunicações 
dos espíritos desencarnados para o cenário terrícola, atendendo à prosaica função de “ponte viva” entre o 
mundo material e o Além. 
 

 
O compromisso da mediunidade requer, sobretudo, que os seus medianeiros vivam 
existência digna e operosa na carne, a fim de lograrem sintonia com espíritos sublimes e 
responsáveis pela redenção do homem. 
 

 

Toda imprudência, desleixo, rebeldia, má vontade ou paixão viciosa por parte dos médiuns em prova no 
mundo físico, geram toda sorte de distúrbios psíquicos e mesmo sofrimentos físicos incontroláveis que, por 
essa razão, tornam o desenvolvimento mediúnico um processo torturante. 
 
É muito comum à maioria dos médiuns iniciarem o seu despertamento mediúnico sob a atuação dos 
espíritos sofredores, imperfeitos ou obsessores que, aproveitando-se da “porta mediúnica” aberta para a 
fenomenologia do mundo físico, atiram-se à satisfação dos seus objetivos impuros e cruéis. 
 

 
Desde que o médium invigilante e desregrado ainda esteja comprometido por dificultoso 
resgate cármico, ele então se converte em instrumento favorável para o vampirismo dos 
desencarnados, que se debruçam avidamente sobre o mundo material. 
 

 
A mediunidade, num sentido geral, só desperta nos homens pela ação do sofrimento, que lhes afeta a carne 
e o psiquismo, para depois amainar sob um desenvolvimento ordeiro nos ambientes evangélicos, dirigidos 
por elementos experimentados. 
 
 Só então é que o médium neófito e perturbado, pouco a pouco, se ajusta à tarefa incomum e assume o 
controle psíquico de seu corpo, enquanto procura sintonizar-se vibratoriamente com o espírito guia e 
benfeitor
, que deverá protegê-lo na sua tarefa de intercâmbio com o mundo invisível. 
 

 
A mediunidade é um meio para encarnados e desencarnados atingirem objetivos excelsos e, 
por isso, não dispensa a educação, o afinamento moral, a cultura do seu próprio intérprete, e 
também o seu despertamento espiritual. 
 

 

É mais importante para o bom “guia” o progresso intelectivo, o desembaraço e a integração evangélica 
do seu médium, do que mesmo o êxito brilhante de sua manifestação mediúnica. 
 
O mentor espiritual, sábio e sensato, muitas vezes protela as revelações extemporâneas do Além pelo seu 
pupilo ansioso do seu próprio destaque pessoal, para que este em primeiro lugar se revele pela modéstia 
sensata do homem evangelizado. 
 
O médium, como uma criatura de responsabilidade pessoal para com a família e a sociedade, acima de 
tudo deverá aprender a caminhar pelos próprios pés, no tocante ao entendimento da vida imortal, e procurar 
ser útil ao próximo.