13. Responsabilidade e riscos da mediunidade                                                                                         

                                                                                                                                                                         .

 

Introdução ao estudo das obras de Ramatís: Estudo da mediunidade 

 

4. CONSUMO ENERGÉTICO E O EXCESSO DE TRABALHO MEDIÚNICO 

 
O excesso de trabalho mediúnico, na forma de um labor prolongado, pode resultar em fadiga, que varia de 
indivíduo para indivíduo, conforme a maior ou menor capacidade física de sua resistência. O médium, 
mesmo nos seus momentos de pura inspiração, consome certa quantidade de energias neurocerebrais
porque a mais sutil mensagem inspirada pelos espíritos exige uma série de operações intermediárias algo 
fatigantes, a fim de atingir a consciência física e depois se manifestar, por exemplo, na forma de palavra 
falada ou escrita. Aliás, o próprio pensamento, para se manifestar a contento, depende do consumo de 
certas energias que o ajudam a atingir o cérebro material: 
 

O INTERCÂMBIO MEDIÚNICO PELO PENSAMENTO COM OS DESENCARNADOS: 

 consome diversas substâncias energéticas da massa encefálica; 

 

 produz certa desmineralização do sangue; 

 

 reduz as cotas vitais magnéticas da rede nervosa; 

 

 

mobiliza os hormônios necessários para ativar as glândulas do sistema endócrino e movimentar 
as cordas vocais (no caso da psicofonia) ou o braço do médium (no caso da psicografia). 

 

Mesmo a mais singela meditação do homem eleva e excita sua tensão psíquica, mobilizando os 
elementos magnéticos do seu maquinismo carnal; isto acontece ainda que ele não sinta qualquer fadiga 
corporal. Evidentemente, o intercâmbio mediúnico mais complexo exige maior consumo de energias do 
homem para o êxito dessa operação psicofísica, de alta intensidade e sob o comando do mundo oculto. No 
entanto, a intensidade do cansaço ou fadiga, no homem, também se manifesta de acordo com a resistência 
biológica e o controle emotivo da sua tensão mental. Em consequência, o médium que se entrega à 
atividade mediúnica com sua mente descontrolada, embora permaneça sob a proteção dos espíritos amigos 
e benfeitores, nem por isso se livra da contingência das leis físicas que lhe disciplinam as atividades 
biológicas. O Alto não exige do ser humano a carga de um “fardo” maior do que suas costas! 
 

 
A faculdade mediúnica não é uma proposição atrabiliária, mas a oportunidade compensativa 
para o espírito endividado quitar-se consigo mesmo..  
 

 

 O médium desleixado, negligente, rebelde, ou que se exceda nos seus labores mediúnicos, agrava os 
seus equívocos de vidas anteriores! 
 
 

5. OS EXCESSOS MEDIÚNICOS, AS DOENÇAS E A LOUCURA 

 
Sem dúvida, a luta do médium para sobreviver no mundo físico é bem mais intensa e sacrificial do que a 
existência do homem comum, que apenas atende às contingências instintivas de cuidar da prole, que é fruto 
do cumprimento da lei do “crescei e multiplicai-vos”. 
 
Como o espírito reencarnado na Terra não pode isolar-se completamente das contingências inerentes ao 
próprio meio em que o indivíduo, na sua vida de relação, está sujeito a hostilidades e emoções que lhe 
afetam o equilíbrio psíquico, é obvio que o exercício da mediunidade poderá causar-lhe até mesmo a 
loucura, desde que ele a exerça de modo insensato e ultrapasse o limite fixado no programa elaborado 
antes de sua encarnação. 
 

 

O médium precisa agir com muita prudência na vida física, a fim de não confundir                     

sua responsabilidade mediúnica com os acontecimentos naturais da vida material.