14. O médium de mesa e o médium de terreiro
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Introdução ao estudo das obras de Ramatís: Estudo da mediunidade
3. A DEFESA MEDIÚNICA NOS TRABALHOS DE “MESA” E DE “TERREIRO”
Nas práticas mediúnicas espíritas, a defesa do médium reside quase exclusivamente na sua conduta moral
e elevação de pensamentos, porquanto seus guias de mesa, após cumprirem suas tarefas benfeitoras,
devem atender outras obrigações inadiáveis. Por isso, as advertências sensatas e lógicas de Kardec têm
por fim tornar os médiuns prudentes e vigilantes contra a penetração de espíritos zombeteiros ou
malfeitores. Já a principal atividade dos terreiros de Umbanda se exerce no submundo das energias
degradantes e fonte primária da Vida. Os cavalos lidam com toda sorte de tropeços, ciladas, mistificações,
magia e demandas contra entidades sumamente poderosas e cruéis, que manipulam as forças ocultas com
absoluto êxito.
Em virtude de participarem de trabalhos mediúnicos que ferem profundamente os labores de
espíritos das falanges negras, os cavalos de umbanda são permanentemente alvejados pelas
confrarias ocultas malfeitoras.
Em consequência, a proteção dos filhos de terreiros é constituída por verdadeiras tropas de choque sob o
comando de chefes experientes e decididos, conhecedores profundos da manha e astúcia dos magos
negros. Sua atuação é permanente na Crosta terráquea e vigiam atentamente os cavalos contra as
investidas adversas, certos de que ainda é muito precária a defesa guarnecida pela “elevação de
pensamentos” ou de conduta moral superior, ainda tão rara entre os homens!
Não se trata apenas de confortar o espírito sofredor, comover o obsessor obstinado ou orientar o irmão
confuso, como é comum nos trabalhos de mesa, mas ao cavalo de Umbanda compete ser o ponto de apoio,
de firmeza, dos pais de terreiros em sua luta pertinaz contra agrupamentos e falanges poderosas das
Trevas! Em conseqüência, os chefes das Linhas e falanges de Umbanda também assumem pesados
deveres e severa responsabilidade de segurança e proteção dos seus pupilos, num compromisso de serviço
e fidelidade mútua, porém de maior responsabilidade dos pais de terreiros. Daí se explica a necessidade
das grandes descargas fluídicas que se processam nos terreiros e dos banhos de ervas recomendados aos
cavalos, cambonos e cooperadores, a fim de expulsarem os maus fluidos, convergidos depois dos trabalhos
de desmanchos ou demanda entre tribos adversas!
Fontes bibliográficas:
1. Mediunismo – Maes, Hercílio. Obra mediúnica ditada pelo espírito Ramatís. 5ª ed. Rio de Janeiro, RJ.
Ed. Freitas Bastos, 1987, 244p.
2. Elucidações do Além – Maes, Hercílio. Obra mediúnica ditada pelo espírito Ramatís. 6ª ed. Rio de
Janeiro, RJ. Ed. Freitas Bastos, 1991.