16. Sono, sonhos e recordações do passado
2
.
1º módulo: Introdução ao estudo das obras de Ramatís
Geralmente o homem só guarda uma vaga idéia dos acontecimentos astrais vividos durante a noite e, como
não consegue compreendê-los em sua verdadeira significação astralina, então os explica como sendo
produtos de impressões trazidas pela saudade das velhas amizades ou dos parentes já desencarnados.
A saída em corpo astral não é condução absolutamente exigível para que só então o espírito possa penetrar
no “outro lado” da vida; em verdade, o espírito do homem nunca se afasta de qualquer plano da vida
cósmica, na qual está permanentemente integrado. O corpo físico, sob a conceituação de que a matéria é
energia condensada, também vive interpenetrado pelas forças vivas de todos os planos do Cosmo.
A consciência espiritual do homem, na verdade, mantém-se em contato com todos os demais
planos da vida cósmica além do plano físico, embora ainda desconheça a natureza dos
demais corpos ou energias que se responsabilizam por tal acontecimento, o que só se
verificará em futuro remoto.
O corpo físico reduz a visão astral e obscurece a memória etérica, mas nem por isso exige o afastamento
da alma de seu correspondente plano interior. O organismo carnal é realmente um cárcere, que reduz a
consciência astral e a ação mais ampla do espírito no meio eletivo de sua própria origem, mas de modo
algum o afasta do seu mundo familiar.
A “saída em astral” é apenas aumento de visão e de mobilidade que o espírito encarnado
consegue usufruir no campo da energia mais sutil do plano astral, que nunca abandona, nem
mesmo quando “desce” vibratoriamente para mergulhar na carne.
Quando o homem limpa as lentes dos seus óculos, ofuscadas pelas gorduras ou obscurecidas pelo pó, é
obvio que, depois disso, ele não penetra num outro mundo de que fora isolado, mas apenas clareia a sua
visão e aumenta o seu campo de percepção comum.
Operam-se modificações no estado do espírito, sem que por isso ele precise separar-se do
seu meio eletivo para algum lugar especial, permanecendo sempre “presente” em qualquer
plano da criação.
1. A NATUREZA DOS SONHOS
Durante o sono natural do corpo físico, este repousa em todas as suas funções orgânicas, enquanto o
coração continua a pulsar normalmente. Mas no sono natural nem sempre o espírito se afasta do seu
corpo carnal; este pode ali ficar juntamente com o duplo-etérico e o perispírito, emergindo-lhe da mente
sensibilizada os fatos do dia.
Algumas vezes, durante essa liberdade parcial do espírito, a associação de idéias cotidianas auxilia a
evocar cenários, acontecimentos e pessoas que lhe produziram maior impressão nas vidas passadas. O
homem então acorda tendo sonhado que fora um fidalgo, um sacerdote ou príncipe; doutra feita vê-se como
um mendigo, um malfeitor ou líder dos povos. No entanto, como ele sempre colhe os efeitos das causas
pregressas, ignora que, em vez de sonho, pode ser a realidade do que já viveu em condições melhores
ou piores, em existências pretéritas.
Nem todos os sonhos são produto exclusivo da saída noturna da criatura em corpo astral,
quando entra em contato mais direto com os espíritos desencarnados e o mundo invisível do
Além-túmulo.