16. Sono, sonhos e recordações do passado                                                                                             

                                                                                                                                                                         

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1º módulo: Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

O perispírito não é apenas um organismo estruturado com a substância do mundo astral invisível, mas é 
ainda interpenetrado pela essência mais sutil do plano mental, que também impregna profundamente toda 
a intimidade do orbe terráqueo e o põe em contato direto com a Mente Constelatória (“o Logos Solar”), que 
é a responsável pelo progresso e sustentação cósmica do Sistema Solar. 
 
As imagens astrais que, através do fenômeno da repercussão vibratória, depois se transferem do cérebro 
perispiritual para o cérebro físico, serão evocadas com tanta clareza ou obscuridade quanto também tenha 
sido o êxito de sua focalização pelo próprio perispírito fora do corpo carnal. 
 
Como o perispírito sofre, em sua contextura, até a influência da própria alimentação no plano material, os 
carnívoros, por exemplo, são mais letárgicos em sua sensibilidade psíquica, porque as fortes emanações de 
uréia e de albumina que exsudam das vísceras animais, durante a digestão, costumam obscurecer o 
delicado tecido etéreo-astral. 
Nesse sentido, em particular, o vegetarianismo contribui para higienizar a 
estrutura do perispírito, livrando-o dos fluidos viscosos provenientes da aura do animal sacrificado, 
facilitando-lhe a focalização astralina durante o sono e, conseqüentemente, a correspondente recordação, 
em sonho, dos acontecimentos vividos durante o desdobramento noturno. 
 
Outros fatores que avivam a memória e potencializam a vontade, contribuindo muitíssimo para que a 
consciência da criatura se mantenha desperta, ao sair em corpo astral durante o sono, são: 
 

 os exercícios  “prânicos”  respiratórios; 

 

 a catarse mental; 

 

 as reflexões elevadas; 

 

 a disciplina esotérica. 

 

 
7. RECORDAÇÕES DAS VIDAS PASSADAS 

 
Aquilo que é visto e vivido pelo cérebro físico se transforma em conhecimentos definitivos para o espírito, 
que se encontra em ambos os planos, o material e o astral; mas aquilo que o espírito só percebe ou de que 
só participa quando em liberdade no astral, não pode ser registrado no cérebro físico, pela simples razão de 
que este se mantém ausente nessa oportunidade. Deste modo, é muito difícil ao espírito, quando 
encarnado, recordar com clareza as suas saídas astrais, ou então evocar acontecimentos que só foram 
vividos noutras existências anteriores, pois, embora tudo isso esteja realmente gravado no cérebro do 
perispírito, continua a ser da mais completa ignorância do cérebro físico de cada nova encarnação. 
 

 
Uma vez que o cérebro carnal não pode perceber acontecimentos que, durante a noite são 
presenciados unicamente pelo perispírito, ou que se registraram em outras encarnações e só 
foram observados por outros cérebros físicos seus já “falecidos”, é evidente que também não 
poderá recordá-los através de nova consciência gerada no mundo físico completamente 
alheia ao pretérito. 
 

 

Se o espírito não pode transportar para o cérebro físico, em cada nova encarnação, a lembrança dos 
acontecimentos gravados exclusivamente no cérebro do perispírito imortal, é natural que durante a nova 
existência carnal, também não possa recordar o passado, salvo por efeito de aguçada sensibilidade 
psíquica 
ou através de alguma experiência psíquica incomum, como no caso da hipnose. 
 

 
As evocações do passado se tornam possíveis àqueles que se ausentam com facilidade do 
corpo físico, pois a libertação astral, quando assídua, muito ajuda a projetar a memória 
perispiritual para o cérebro de carne.