16. Sono, sonhos e recordações do passado                                                                                             

                                                                                                                                                                         

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1º módulo: Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

Um exemplo disso é a maior familiaridade dos orientais para com os fenômenos do plano oculto, e os seus 
labores iniciáticos lhes permitem maior revivescência da memória etéreo-astral, fazendo-os recordar-se dos 
fatos mais importantes das suas vidas anteriores. 
 
Os acontecimentos da atual encarnação do homem não poderão ser lembrados com nitidez em suas 
encarnações futuras, porque o cérebro físico que lhe serve de arquivo para todas as lembranças e fatos 
vividos atualmente, irá desintegrar-se na sepultura, depois da morte carnal. Entretanto, todos os 
acontecimentos de agora, ou os ocorridos em existências anteriores, permanecem fielmente gravados no 
cérebro perispiritual 
que, é o órgão que preexiste e sobrevive à destruição de cada corpo físico, compondo 
a memória verdadeira e definitiva do espírito. 
 

 
O cérebro do perispírito pode ser comparado a um negativo fotográfico com a propriedade de 
gravar a lembrança de todos os fatos ocorridos com a criatura em cada existência física, para 
revelá-los à alma desencarnada a qualquer momento desejado. 
 

 

Já isso não pode suceder com o cérebro físico, porquanto este só pode registrar os fatos ocorridos em uma 
só existência física, constituindo apenas uma memória provisória, que depois desaparece no seio do 
túmulo terreno. 
 
No entanto, graças aos neurônios magnéticos do cérebro do perispírito, todas as impressões vividas pelo 
homem encarnado para ali se transferem, nítidas e inapagáveis, para se incorporarem aos registros 
sobreviventes e definitivos da memória etéreo-astral, que reúne as lembranças de todas as encarnações 
anteriores do espírito. 
 

 
As ocorrências de que o espírito participa em cada nova encarnação ficam definitivamente 
gravadas em seu próprio perispírito, na sua memória etéreo-astral, como acervo de sua 
consciência espiritual definitiva, que é continuamente fortalecida e ampliada pela síntese das 
memórias das existências físicas pregressas. 
 

 

As lembranças do passado, dessa forma ficam definitivamente arquivadas na memória perispiritual, e, 
portanto, se manifestam com mais facilidade à luz da consciência do espírito desencarnado; entretanto, 
durante a existência física, o cérebro carnal se assemelha a um anteparo ou biombo que obscurece as 
recordações do passado 

 
8. RECORDAÇÕES DE VIDAS PASSADAS NA PRIMEIRA INFÂNCIA

 

 
Levando em consideração a grande dificuldade com que a memória astral luta para transferir os 
acontecimentos do mundo imponderável para o cérebro físico, é possível compreender melhor os fatores 
que facultam ao homem a lembrança de alguns acontecimentos das suas encarnações anteriores. 
 
Uma das provas evidentes de que a lembrança das vidas passadas depende essencialmente da memória 
etéreo-astral, está no fato de que as recordações pretéritas são muito mais claras e identificáveis até que a 
criança complete a idade de sete anos. Depois dessa idade, as evocações quase sempre se confundem ou 
se enfraquecem na consciência física desperta, porque o perispírito, então, se incorpora ou se ajusta mais 
profundamente ao escafandro da carne. 
 
Até os sete anos de idade, ele se encontra algo deslocado para dentro do mundo invisível, mais para o 
interior da vida astral, o que facilita ao espírito encarnado ligar-se com mais êxito ao acervo de sua memória 
etérica pregressa. Entre muitos encarnados, costuma-se dizer que as crianças são “inocentes” até os sete 
anos de idade, mas, em geral, ignora-se que isso é decorrente do próprio cientificismo espiritual, pois 
durante essa idade o perispírito ainda não se incorporou completamente ao seu novo corpo de carne. 
Então, predominam nela, fortemente, a natureza emotiva e a bagagem instintiva do psiquismo milenário, 
que produz desejos e emoções descontroladas, que são levados à conta da irresponsabilidade dos atos 
infantis. Ao contrário disso, os adultos devem ser responsáveis por seus atos porque, devido à incorporação 
completa do seu corpo mental, na maioridade física já gozam do senso de autocrítica entre o Bem e o Mal.