16. Sono, sonhos e recordações do passado
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1º módulo: Introdução ao estudo das obras de Ramatís
Chegará o dia em que a criatura deixará de sofrer o ceticismo e a desilusão de ignorar o passado, pois
então sua consciência será uma só manifestação, liberta do tempo e do espaço; todas as existências
físicas do homem serão apenas como as contas de simbólico e infinito colar, ligadas intimamente pela
natureza imortal do espírito!
10. DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL E RECORDAÇÃO DE VIDAS PASSADAS
Certas criaturas, que se recordam com certa clareza de suas vidas anteriores, assim como de suas saídas
conscientes para o mundo astral, no passado puderam desenvolver suas forças mentais através de severa
disciplina iniciática que, na atual existência física, as ajuda a sensibilizarem o perispírito e a tornar mais
lúcida, por conseqüência, a memória astral.
Essas pessoas conseguem atuar, nesta existência, com algum êxito na consciência
pregressa, pois a sensibilização de sua memória integral atua com mais vigor sobre as
fronteiras de ambas as vidas, a física e a astral.
É como se pudessem dar uma espiadela no seu mundo interior, sem precisar abandonar a janela carnal,
ainda aberta para o mundo físico. Como o cérebro físico não pode registrar simultaneamente os
acontecimentos da vida física e da astral, a memória de cada uma dessas vidas só pode ser cultivada
isoladamente.
11. CONDIÇÕES PARA A RECORDAÇÃO DE EXISTÊNCIAS PASSADAS
Em relação às condições de vida que poderiam auxiliar para o melhor êxito na evocação de existências
passadas, é evidente que mesmo o mais treinado espiritualista terá pouco êxito na evocação do seu
passado encarnatório se a sua memória ainda for tão falha que mal consiga recordar-se do almoço ingerido
no dia anterior.
Estabelecida a premissa de que a criatura é sempre fruto de suas próprias obras, só podem oferecer as
melhores probabilidades para a recordação do perispírito:
•
o desenvolvimento das forças mentais;
•
a emancipação da vontade;
•
o serviço evangélico sem condições.
O despertamento da memória etéreo-astral pregressa, quando o espírito ainda se encontra submerso na
carne, requer muitos sacrifícios íntimos e exige muitas renovações espirituais, coisa para com a qual
a maioria dos homens atuais não sente simpatia, nem têm qualquer disposição heróica. A própria nutrição
carnívora, que os terrícolas efetuam com os detestáveis repastos de carne do animal sacrificado,
sobrecarrega o perispírito com a carga danosa das gorduras astrais. Isso não só obscurece a nitidez da
memória etérica, como ainda a impede de repercutir favoravelmente sobre a massa cinzenta do cérebro
carnal.
Ademais, também não devem esperar muito sucesso na evocação do seu passado reencarnatório aqueles
que, além de viverem saturados de substâncias albuminóides e uréicas das vísceras animais, ainda se
enfartam de bebidas alcoólicas ou se intoxicam com a nicotina do cigarro ou com alcalóides perigosos, ou
os que embotam a sua sensibilidade psíquica pelo uso excessivo de barbitúricos e anestésicos, usados
fartamente a fim de fugirem da mais diminuta advertência de sofrimento.
Em geral, o homem pratica incessante agressão à delicadeza das suas fibras nervosas, pois
se habitua a cultivar justamente o que é pernicioso à sutileza vibratória do seu perispírito.