16. Sono, sonhos e recordações do passado                                                                                             

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1º módulo: Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

Qualquer homem pode exercitar-se no uso desses poderes excepcionais, pois que para isso existem 
técnicas e roteiros esotéricos eficientes, que dependem mais da tenacidade e da vontade disciplinada 
dos interessados, que é muito mais dificultosa porque, de início, exige a renúncia completa como condição 
primordial do êxito. 
 
Quanto, porém, aos objetivos com que forem aplicados tais poderes, isso já é problema de foro íntimo e de 
responsabilidade pessoal no curso da colheita cármica. 
 
 

12. DESPERTAMENTO ESPONTÂNEO DA MEMÓRIA ASTRAL 

 
Às vezes a criatura tem uma vaga idéia de que está recordando fragmentos de outras vidas passadas e, 
depois, quando envida ingentes esforços de memorização pregressa, não consegue alcançar o mesmo 
êxito.  
 
As lembranças das encarnações passadas podem afluir espontaneamente nas criaturas, variando conforme 
grau de seu temperamento e da sua bagagem psíquica já adquirida: 
 

 Em certos casos, a elevada sensibilidade espiritual de alguns seres faculta-lhes a possibilidade de 

“sentirem” os principais acontecimentos que se hão sucedido em vidas anteriores. 

 

 Em outros casos, em virtude de possuírem um cérebro carnal de natureza muito perceptível e constituído 

por ascendentes biológicos rigorosamente sadios, as vibrações da memória astral repercutem-lhes com 
mais profundidade, permitindo-lhes que, ainda encarnados, possam auscultar algo dos acontecimentos 
definitivos arquivados no seu cérebro perispiritual. 

 

 Há casos, também, em que o exercício esotérico, a leitura espiritualista ou a convivência sistemática em 

ambientes iniciáticos fazem emergir algumas lembranças pregressas, que mais se revigoram durante o 
despertamento parcial do perispírito. 

 

 
Em geral, as reminiscências das vidas anteriores se manifestam gradativamente e através de 
espontâneas associações de idéias, quando então certos acontecimentos da atual existência 
se afinam com alguns fatos semelhantes, já vividos no pretérito. 
 

 

Em tais momentos, as criaturas são dominadas por estranhas emoções e por efeitos misteriosos, que 
elas desconhecem em sua origem, mas “sentem” como exatos e vividos alhures. Essas súbitas associações 
de idéias, que clareiam e sensibilizam bastante as ligações complexas entre o cérebro astral e o físico, 
podem suceder através da visão, da audição ou do olfato comuns, pois enquanto os sentidos físicos são 
fortemente atuados por quaisquer circunstâncias associativas do passado, o espírito fica num estado de 
profunda auscultação íntima, ansioso por identificar o fenômeno que reconhece verídico no seu 
subconsciente. 
 
Assim é que, para certas criaturas, os sons vigorosos e sonoros do bater dos sinos, nos templos religiosos, 
podem associá-las inesperadamente a quaisquer acontecimentos importantes que já viveram noutras 
existências físicas e que se ligam a igrejas, catedrais, templos ou festividades religiosas que podem ter 
ocorrido em qualquer lugar geográfico no passado. 
 
Doutra feita, os gritos, o vozerio e as imagens das multidões desordenadas acordam, então, na memória 
astral cenas idênticas, que se associam às lembranças subjetivas de movimentos belicosos, rebeldias, 
chacinas ou revoluções em que também tomaram parte em outras encarnações. Da mesma forma, o 
perfume de determinadas flores, ou de algumas ervas odorantes e originais de países onde o espírito já 
viveu alguma existência mais impressionante, no pretérito, podem associar-lhe outros quadros importantes, 
embora não consiga defini-los com perfeita nitidez. 
 
Assim, o sândalo da Índia, as margaridas do Egito, as flores de cerejeira do Japão, os cravos da Espanha 
ou o amílscar da Ásia podem transformar-se em súbitos élans, associando a mente encarnada às 
paisagens ou às lembranças de acontecimentos vividos outrora.