16. Sono, sonhos e recordações do passado                                                                                             

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1º módulo: Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

Quanto a ser aconselhável ou desaconselhável o propósito de se conhecer as vidas anteriores, não se deve 
esquecer de que isso é questão de foro íntimo e não de regra sideral
 

 
Futuramente todos terão de conhecer o seu passado, a fim de poderem programar com êxito 
as suas retificações cármicas, em conformidade com as exigências da mais breve ventura 
sideral. 
 

 
Embora o conhecimento extemporâneo das encarnações pregressas não contribua praticamente para 
modificar a existência atual da criatura, 
é evidente que a realidade espiritual de sua alma abrange desde o 
primeiro fulgor racional, que deu início à sua consciência, até o momento em que vive
 
Quando o espírito lograr alcançar o conhecimento completo de si mesmo, para a integração consciente 
no seio do Criador, é fora de dúvida que, então, terá de vislumbrar todo o seu passado espiritual, vivido 
tanto no mundo físico como no astral, a fim de focalizar com êxito toda a memória de “ser” e “existir” no 
tempo e no espaço. 
 
Embora se diga ser inutilidade o conhecimento das encarnações anteriores, assim como para alguém 
poderia parecer inutilidade a empreitada de escrever a história de sua vida atual desde o berço físico, o 
certo é que, quanto melhor o homem conhecer o seu passado, tanto melhor poderá identificar a 
natureza exata do seu próprio caráter espiritual. 
 
Obviamente, com isso ser-lhe-á mais fácil programar as futuras existências retificadoras, pois a visão 
panorâmica espiritual de seus sentimentos e objetivos vividos anteriormente é que justamente o ajudarão a 
extinguir os interstícios vulneráveis às paixões e aos vícios. Conhecendo então a razão e a intensidade 
dos “desejos”, que são os responsáveis pela necessidade das encarnações físicas, também ser-lhe-á mais 
fácil empreender a libertação dos ciclos reencarnatórios. 
 

 
A recordação espiritual das vidas passadas desperta lentamente na intimidade da criatura e 
se torna tão nítida e extensa quanto seja a capacidade psicológica de sua própria suportação 
interior. 
 

 

Nem todas as almas se encontram em condições favoráveis para conhecer toda a trama diabólica de suas 
vidas pregressas, principalmente se ainda fazem lisonjeiro julgamento de si mesmas e se consideram 
portadoras das mais excelsas virtudes. 
 
Seria muitíssimo doloroso e decepcionante para um homem que se julgasse um caráter ilibado e impoluto, 
vir a comprovar que na existência anterior fora um refinado larápio ou um cidadão desonesto; assim como a 
mulher que atualmente se envaidece da sua condição afidalgada ou de sua respeitosa situação matrimonial, 
vir a descobrir que no passado dirigia infecto prostíbulo! 
 
É por essa razão que muito se justificam a severidade e a lógica da advertência evangélica do Sublime 
Jesus quando, em razão dos próprios pecados da humanidade, Ele aconselhou sabiamente: “Não julgueis, 
para não serdes julgados”. 
 
 

 

Fontes bibliográficas: 

 
1.   Mediunismo – Maes, Hercílio. Obra mediúnica ditada pelo espírito Ramatís. 5ª ed. Rio de Janeiro, RJ. 

Ed. Freitas Bastos, 1987, 244p. 

 
2.  Elucidações do Além – Maes, Hercílio. Obra mediúnica ditada pelo espírito Ramatís. 6ª ed. Rio de 

Janeiro, RJ. Ed. Freitas Bastos, 1991. 

 
3.   A Sobrevivência do Espírito – Maes, Hercílio. Obra mediúnica ditada pelo espírito Ramatís. 5ª ed. Rio 

de Janeiro, RJ. Ed. Freitas Bastos, 1989.