17. Fenômenos de efeitos físicos
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Introdução ao estudo das obras de Ramatís: Estudo da mediunidade
O duplo etérico é o responsável pela elaboração de ectoplasma e pela coordenação e
transferência de fluidos nervosos do médium, utilizados nos fenômenos de efeitos físicos.
É o mediador plástico e também o catalisador de energias mediúnicas, aglutinando-as de modo a servirem,
ao mesmo tempo, entre o mundo físico e o plano oculto. Conhecendo bem o duplo etérico, os médiuns
poderão melhorar a sua tarefa mediúnica e dinamizar suas forças magnéticas, e os espíritas doutrinadores
elucidarão as inúmeras incógnitas e percalços dos trabalhos de efeitos físicos e aparições fluídicas, onde a
ectoplasmia é o principal componente atuante.
3. SONO NATURAL x TRANSE MEDIÚNICO E O DUPLO ETÉRICO
Durante o sono natural do corpo físico, este repousa em todas as suas funções orgânicas, enquanto o
coração continua a pulsar normalmente. Mas no sono natural nem sempre o espírito se afasta do seu corpo
carnal; este pode ali ficar juntamente com o duplo etérico e o perispírito, emergindo-lhe da mente
sensibilizada os fatos do dia. Algumas vezes, durante essa liberdade parcial do espírito, a associação de
idéias cotidianas auxilia a evocar cenários, acontecimentos e pessoas que lhe produziram maior impressão
nas vidas passadas. O homem então acorda tendo sonhado que fora um fidalgo, um sacerdote ou príncipe;
doutra feita vê-se como um mendigo, um malfeitor ou líder dos povos. No entanto, como ele sempre colhe
os efeitos das causas pregressas, ignora que, em vez de sonho, pode ser a realidade do que já viveu em
condições melhores ou piores, em existências pretéritas.
Já no transe mediúnico o duplo etérico se afasta bastante do organismo físico e do perispírito, para facilitar
maior extração possível de ectoplasma do médium. Em tal momento, diminuem as relações entre o
perispírito e o corpo físico, do que resulta a inconsciência parcial ou completa do espírito encarnado na
matéria. Nessas condições, o duplo etérico deixa de atender com proficiência as relações do “espírito” com
a carne, e assim não corresponde às solicitações comuns da consciência perispiritual e física.