17. Fenômenos de efeitos físicos
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Introdução ao estudo das obras de Ramatís: Estudo da mediunidade
A esfera mental do médium em transe é o centro convergente de todas as operações no tocante aos
fenômenos físicos, razão pela qual os raios mentais nocivos e as explosões emotivas dos assistentes
ferem-no, de modo a imprimir direção contraria à desejada pelos espíritos comunicantes.
A nitidez, o êxito e a comprovação dos fenômenos mediúnicos sempre dependem do tipo de
médium em transe, e também, da maior ou menor afinidade, cooperação e intenções dos
participantes, de modo que muitos fracassos da fenomenologia mediúnica física se devem
mais à freqüência de indivíduos ignorantes das exigências do trabalho.
Entretanto, em muitos casos as decepções resultam de motivos justificáveis, onde, além dos que são de
ordem específica e técnica dos dois planos, o físico e o astral, há a considerar que, às vezes, o espírito
familiar ou amigo, que um ou outro dos assistentes desejaria ver materializado ou ouvir a sua voz, pode
estar impossibilitado de se apresentar, por se encontrar na barreira das regiões purgatoriais, de onde não
pode sair. Também, se sua desencarnação é recente, pode acontecer de ele ainda estar imerso no “sono
psíquico” de repouso, que sucede a morte física. Outras vezes, o espírito solicitado pode se encontrar
distante, cumprindo tarefas inadiáveis em regiões do astral inferior ou superior.
Há também os casos em que, devido aos traumatismos, desgostos ou amarguras profundas que o espírito
sofreu na sua existência terrena, ele não tem qualquer saudade do “vale de lágrimas” onde muito sofreu e
chorou, e, portanto, se desinteressa completamente de quaisquer trabalhos que o forçam voltar à Terra.
Há grupos de criaturas interessadas nos trabalhos de fenômenos físicos que logram sucesso quase
imediato, pois logo de início já estabelecem com os desencarnados um tal grau de simpatia, confiança e
propósito salutar, que conseguem acelerar a dinâmica psíquica necessária para o êxito da esperada
fenomenologia.
A confiança, o otimismo e a disposição espiritual eletiva de todos os participantes se
transformam em elemento catalisador dos fenômenos.
Com esses recursos, tais grupos rapidamente ultrapassam a fase das incertezas e dos fracassos dos
primeiros dias, obtendo o clima etérico sensível para a ação positiva dos desencarnados.
Ao contrário, certos trabalhos se arrastam por alguns anos, conseguindo apenas a graça da produção de
alguns “raps” ou de fugazes cintilações de luzes, porque a tela etérica de projeção dos fenômenos encontra-
se verdadeiramente enrugada pela demasiada ansiedade, pessimismo ou afoiteza dos seus companheiros,
muitíssimo preocupados com o fenômeno imediato que deslumbra os olhos, mas esquecidos da
renovação íntima que atende aos sentidos da alma!
4.3. ASPECTOS LIGADOS AO FORNECIMENTO DE ECTOPLASMA DOS PRESENTES
As leis que governam o magnetismo humano são bem mais sensíveis e avançadas do que as que regem a
manifestação da eletricidade. Em conseqüência, se o corpo humano é um organismo governado pelas leis
magnéticas que comandam as polaridades positivas e negativas, responsáveis pelo equilíbrio “psicofísico”
do ser, não há dúvida de que é necessário ao homem submeter-se a determinadas exigências, que a
princípio lhe parecem superstição, quando se relacionam aos fenômenos extraterrestres. Por isso,
recomenda-se aos freqüentadores das sessões de trabalhos mediúnicos de efeitos físicos que “não cruzem
as pernas”, pois se exige o máximo de expansão magnética e fluídica dos presentes, a fim de se
processar com êxito a “ligação” do mundo etérico-astral ao mundo material. Em conseqüência, aqueles que
cruzam as pernas ou as mãos no transcurso do trabalho isolam-se em “circuito magnético fechado” e
constituem-se em pontos neutros que perturbam a fluência e o êxito dos fenômenos.
O ectoplasma flui através de todos os poros do ser, mas, em obediência à lei da fuga eletromagnética, ele
converge para um ponto de atração mais positivo, que na fenomenologia mediúnica é o “círculo imantado”
onde operam os espíritos técnicos responsáveis pela execução do trabalho.